terça-feira, 17 de janeiro de 2017

ALÉM DE REBELIÕES E MORTES, GREVES E SERVIÇOS SUSPENSOS NAS PRISÕES




A guerra entre facções nos presídios brasileiros, que veio à tona com a rebelião seguida de chacina no Complexo Prisional Anísio Jobim (Compaj), no Amazonas, no primeiro dia deste ano, se alastrou em pelo menos cinco estados do país. Como saldo da crise prisional, 136 detentos foram assassinados em 17 dias.
No Rio Grande do Norte, nesta terça-feira (17), o clima é de tensão na unidade prisional de Alcaçuz. Há barricadas, montadas pelas facções Sindicato do Crime e Primeiro Comando da Capital (PCC). A nova confusão começou por volta das 11h55, quando tiros foram disparados.
Cerca de uma hora depois, cinco detentos feridos foram levados para a área administrativa do presídio. Desde o último fim de semana, os presos já ocuparam os telhados da unidade pelo menos três vezes. No fim de semana, 26 detentos foram mortos. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) acredita que há mais mortos escondidos em fossas.
Na Grande Belo Horizonte, em Minas Gerais, detentos do Presídio Antônio Dutra Ladeira queimaram colchões em protesto contra o diretor Rodrigo Machado e contra a forma com que familiares e parentes são tratados durante visitas. Em vídeo, os presos ameaçam matar companheiros se tivessem as solicitações ignoradas.
No Pará, dois presídios registraram fugas nesta segunda-feira. Uma delas foi no Presídio Estadual Metropolitano I (PEMI), de onde escaparam dois detentos, segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe). Outros 10 presos fugiram do Centro de Triagem Metropolitana (CTM 4). As duas unidades prisionais ficam na Região Metropolitana de Belém.
No Rio de Janeiro, segundo o jornal O Globo, 500 agentes penitenciários estão em greve desde à 0h desta terça-feira. O motivo seria o atraso nos pagamentos dos salários de dezembro e décimo terceiro. Devido à paralisação, as visitas aos presos foram suspensas. Apenas os serviços essenciais serão mantidos.
Estado com maior taxa de ocupação prisional (265%), Pernambuco suspendeu as férias ta (de agentes penitenciários e demais servidores da área de gestão das unidades prisionais. A decisão foi assinada pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos do estado, Pedro Eurico, na sexta-feira.
No Paraná, 28 detentos escaparam da Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP I), na Grande Curitiba, no fim de semana. Com explosivos, eles abriram um buraco em um dos muros da PEP I. As visitas foram suspensas em todas as 33 penitenciárias do Paraná. Fonte: Notícias ao Minuto.

OPINIÃO DO BLOG: Essa conta de violência nos presídios em alguns estados do país, está sendo cobrada tardiamente e a governantes que nada têm a ver com a situação caótica.  
Toda essa situação foi criada ao longo de décadas e mais décadas, conforme está denunciando a chamada grande imprensa por descasos na apreciação da documentação de cada presidiário para se lhe dar o direito da liberdade caso já tivesse cumprido sua pena; por falta de solução em casos de alguns que estão recolhidos quando não foram ainda submetidos a julgamento; por falta da presença do Estado na ampliação do espaço (presídios) para acolhimento de pessoas que diariamente para ali são transferidas após conhecimento final das ações condenatórias, e uma série de outras razões que ao passar do tempo haveremos de conhecer mais detalhadamente. 
Enfim, os presídios do Brasil são verdadeiramente uma bomba relógio ativada enquanto outros começaram a explodir e ameaçar de forma efetiva a paz da sociedade. 
Este é um momento terrível vivido pelos brasileiros, com a presença da violência descontrolada nos presídios e ao ultrapassar os altos muros,  assusta a todos, indiscutivelmente.  Quem está tranquilo? Perguntar não ofende.