A Advocacia-Geral da União (AGU)
não transmitiu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a informação que o ministro da
secretaria geral da Presidência, Moreira Franco, foi denunciado por uso
indevido de dinheiro público enquanto era deputado.
A acusação se refere à
"farra das passagens", que envolve outros 440 deputados, que teriam
usado irregularmente passagens aéreas pagas pela Câmara de 2007 a 2009. O
ministro nega as acusações.
A denúncia foi apresentada ao STF
somente em outubro do ano passado. A Corte ainda não decidiu se aceita ou não.
Se for aceita, Moreira será acusado de peculato.
Este importante dado veio à tona
quando a Rede fez um pedido para afastamento de Moreira do cargo sob a alegação
de que a nomeação dele para ministro teria sido feita para blindá-lo na Lava
Jato.
Se não se tornasse ministro,
Moreira Franco seria julgado por Sergio Moro, pois foi citado 34 vezes na delação
de um executivo da Odebrecht. Com a nomeação, julgada por Celso de Mello na
última terça-feira (14), ele será investigado pelo Supremo.
Além disso, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva foi impedido de assumir o cargo de ministro da Casa Civil
durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff por ser réu da Lava
Jato. À época, em sua decisão, o ministro Gilmar Mendes alegou que a intenção
de Dilma seria dar foro privilegiado ao ex-presidente.
A assessoria de imprensa da AGU
informou em nota que o órgão não omitiu a informação. "A AGU leva em
consideração os documentos presentes nos autos do mandado de segurança, os
quais não fazem qualquer comprovação quanto à existência de investigações de
caráter penal em relação ao ministro", afirma texto da AGU publicado pela
Folha. Fonte: Notícias ao Minuto.