O advogado criminalista Juarez
Cirino dos Santos informou na sexta-feira (17) ao juiz Sérgio Moro que
renunciou à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas ações a que o
petista responde na Operação Lava Jato. Nas audiências da Lava Jato, Cirino
protagonizou um dos mais duros embates com o juiz, episódio registrado em
vídeo.
No dia 12 de dezembro de 2016,
durante o depoimento de Mariuza Aparecida Marques, funcionária da empreiteira
OAS encarregada pela supervisão do tríplex do Guarujá (SP) que o Ministério
Público Federal diz pertencer a Lula, Cirino havia chamado Moro de
"acusador principal". O juiz, então, mandou que o advogado o
respeitasse. O bate-boca aconteceu 13 minutos após o início da audiência.
No documento encaminhado à
Justiça Federal no Paraná, assinado por Cirino e outros dois advogados de seu
escritório, que também deixam a defesa do ex-presidente, ele não revela o
motivo de sua saída. No texto, Cirino e seus colegas de banca chamam o ex-presidente
de "ilustre e digno constituinte, por quem os signatários manifestam a
maior admiração por sua atuação como sindicalista, criador e dirigente do
Partido dos Trabalhadores e Presidente da República".
A reportagem tentou contato com o
escritório de Cirino, mas ele não foi encontrado. Com informações do Estadão
Conteúdo. Fonte: Notícias ao Minuto.