O ex-executivo da Odebrecht, José de Carvalho Filho,
afirmou em depoimento nesta sexta-feira (10), no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), que Lúcio Funaro não foi o responsável por entregar dinheiro de propina
ao ministro Eliseu Padilha (Casa Civil). Na verdade, o responsável pela
transação teria sido o doleiro Álvaro José Galliez Novis, conhecido como
Paulistinha e Carioquinha, da Hoya Corretora. Atualmente, ele está preso em
Bangu 8, no Rio de Janeiro, por envolvimento na organização criminosa na qual
também estaria envolvido Sérgio Cabral (PMDB). De acordo com o colunista Lauro
Jardim, de O Globo, José Filho explicou que houve mais de uma entrega da
Odebrecht para Padilha - sem a participação de Funaro, ex-doleiro preso em
Brasília e considerado comparsa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Conforme explicação de José Filho, a entrega se dava da seguinte maneira:
Eliseu Padilha dava os endereços de entrega do dinheiro; Maria Lúcia Tavares,
secretária do departamento de propina do grupo, recebia as informações e dava
as coordenadas para entrega a Novis. Cláudio Melo, ex-executivo da Odebrecht,
disse em delação que José Yunes recebeu em seu escritório R$ 4 milhões em
espécie, parte de um repasse de R$ 10 milhões. Assessor especial da Presidência
até dezembro do ano passado, quando pediu demissão após a delação vir à tona,
Yunes disse que foi usado como mula involuntária de Padilha para o receber o
que ele acreditou ser dinheiro para Funaro. Yunes disse que desde 2014 o
presidente Michel Temer sabia da situação. Fonte: BN – Bahia Notícias.