Às
vésperas da divulgação da nova "lista" do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), disse
que o Parlamento não pode ser "contaminado" pela Operação Lava Jato.
"O Congresso tem de ter maturidade e separar a agenda das reformas da
agenda política. Não podemos parar o Brasil para discutir exclusivamente a
agenda política", afirmou.
Nos
próximos dias, é esperado que Janot deflagre a abertura de 30 inquéritos contra
autoridades baseados nas delações premiadas de ex-executivos da empreiteira
Odebrecht. Os inquéritos devem ter como alvo ministros, senadores, deputados e
governadores.
O líder
do PT na Casa, deputado Carlos Zarattini (SP), prevê que as novas revelações
vão criar "muito tumulto" no Congresso. "Na verdade se tentou
sacrificar o PT, dizer que o PT era o culpado de tudo e agora estamos vendo o
quê? Toda cúpula do PMDB envolvida em denúncias, toda a cúpula do PSDB
envolvida em denúncias", declarou.
Zarattini
citou reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, que revelou a proposta de
acordo de delação premiada do operador financeiro Adir Assad. O operador disse
ter repassado cerca de R$ 100 milhões para Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da
Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), entre 2007 e 2010, na gestão José Serra
(PSDB). "Evidentemente isso tem de ser investigado. Mas como eu disse:
tudo vai atingir a todos os partidos porque o sistema de financiamento das
empresas era adotado por todos", comentou. Fonte: Notícias ao Minuto.