A
força-tarefa da Operação Lava Jato irá anunciar em entrevista coletiva nesta
quinta (30) que vai entrar com uma ação de improbidade administrativa contra o
PP, cobrando a devolução de valores desviados na Petrobras pelo partido.
É a
primeira ação de improbidade administrativa contra um partido envolvido no
escândalo do petrolão.
O
Ministério Público Federal pede o pagamento de R$ 2,3 bilhões em multas e
ressarcimento aos cofres públicos.
Também é
solicitada a perda dos cargos e a suspensão de direitos políticos dos
ex-deputados federais Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), João
Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP-BA), e dos deputados federais Nelson
Meurer (PP-PR), Mário Negromonte Júnior (PP-BA), Arthur Lira (PP-AL), José
Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e Roberto Britto (PP-BA),
além de João Genu, ex-assessor parlamentar do falecido deputado federal José
Janene -além da perda da aposentadoria especial dos congressistas.
Segundo a
ação, integrantes da bancada do PP na Câmara receberam propinas mensalmente, de
até R$ 30 mil por mês, por sete anos, até março de 2014.
Este seria o caso dos deputados
federais Otávio Germano, Luiz Fernando Faria e Roberto Britto.
Os desvios, segundo a
Procuradoria, ocorreram em contratos da diretoria de Abastecimento da Petrobras
-cuja indicação cabia ao PP.
O ex-diretor Paulo Roberto Costa,
atual delator da Lava Jato, que foi indicado ao cargo pelo partido, também
teria atuado em favor da Braskem, empresa do grupo Odebrecht, na renegociação
de um contrato de fornecimento de nafta. Daí teria vindo a segunda parte dos
valores desviados da Petrobras pelo PP.
No total, o partido teria
recebido cerca de R$ 460 milhões em vantagens indevidas, entre 2004 e 2014, por
meio de mensalinhos, doações eleitorais e contas no exterior.
Além dos deputados que recebiam
vantagens individualmente, a cúpula do partido também foi acionada pelo MPF.
Com informações da Folhapress. Fonte: Notícias ao Minuto.