A bancada
do PSOL na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pediu o afastamento do
presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), da presidência, após ele ser
conduzido coercitivamente para depor na Operação Quinto do Ouro, deflagrada
nesta quarta-feira, 29, pela Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal
(MPF). A sessão da Alerj nesta tarde foi mantida, mas Picciani não veio ao
parlamento após depor na Superintendência da PF no Rio.
Em nota,
os deputados do PSOL afirmaram que "a presidência da Casa deve ser
exercida por quem tenha isenção e condições de julgar as contas do Executivo,
encaminhar a apreciação do pedido de impeachment do governador Luiz Fernando
Pezão e de propor soluções que viabilizem o pagamento dos servidores estaduais,
bem como saídas para a crise". O texto da bancada do PSOL lembra que o
Tribunal de Contas do Estado (TCE), principal alvo da operação de hoje, é um
órgão vinculado ao Legislativo. "Seus conselheiros são eleitos pela Alerj,
que é controlada pelo PMDB", diz a nota, que defende ainda que os
conselheiros do TCE passem a ser escolhidos por critérios técnicos, entre
profissionais de carreira.
OPERAÇÃO. O Palácio Tiradentes, sede da
Alerj, no centro do Rio, foi alvo de buscas na manhã desta quarta-feira, 29,
conduzidas por procuradores e policiais federais. Os agentes estiveram no
gabinete do deputado Jorge Picciani, presidente da Alerj, um dos alvos da
operação O Quinto do Ouro, que investiga também pelo menos cinco conselheiros
do Tribunal de Contas do Estado.
Picciani
teve expedido mandado de condução coercitiva e foi levado para depor na sede da
PF, também na região central da cidade.
Os
investigadores permaneceram cerca de três horas na Alerj. No entanto, ao
contrário do publicado, não houve buscas nos gabinetes dos deputados estaduais
Paulo Mello (PMDB-RJ) e Rafael Picciani, apenas no de Jorge Picciani. Fonte:
Notícias ao Minuto.