O relator
da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) pela campanha de 2014, ministro Herman Benjamin, chegou a indicar, ainda
que discretamente, durante os depoimentos de ex-executivos da Odebrecht, o seu
posicionamento quanto ao assunto.
Segundo
apurou a Folha de S. Paulo, o ministro deve pedir a cassação da
chapa. Para tanto, foca a investigação em três pontos que considera cruciais.
A maior
parte dos questionamentos que fez aos delatores foi baseada neles.
O primeiro se refere ao uso de R$
50 milhões em propina na campanha, fruto, segundo os delatores, de
contrapartida pela aprovação da medida provisória 470, apelidada de Refis da
Crise, em 2009.
O segundo é o pagamento de R$ 25
milhões, via caixa 2, para "comprar" o apoio de partidos à chapa
Dilma-Temer e aumentar o espaço de propaganda na televisão.
E o terceiro assunto perseguido
pelo relator nos depoimentos diz respeito a gastos não declarados de ao menos
R$ 16 milhões com o marqueteiro João Santana, que trabalhou na campanha.
Marcelo Odebrecht, ex-presidente
e herdeiro do grupo, Alexandrino Alencar, ex-diretor de Relações
Institucionais, Hilberto Mascarenhas, ex-diretor do departamento de operações
estruturadas da empresa, conhecido como o setor de propinas, e Fernando
Migliaccio, ex-funcionário da mesma área, foram os que mais falaram sobre os
assuntos. Fonte: Notícias ao Minuto.