Uma
auxiliar de enfermagem foi demitida por justa causa acusada de ter publicado no
Facebook fotos com legendas contendo críticas ao hospital em que trabalhava. O
caso aconteceu em Natal (RN), em 2015, e voltou à tona, pois foi analisado em
dezembro passado pela Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RN),
da 21ª Região.
A ação
foi divulgada neste mês e ganhou destaque por despertar debate sobre a forma
como as redes sociais são utilizadas hoje em dia.
A decisão
do juiz foi unânime e não cabe mais recurso.
A
reportagem do UOL conta que, a auxiliar de enfermagem, que trabalhava na
farmácia do hospital, publicou uma foto mostrando caixas de remédios que deviam
ser guardadas ao final do expediente. "Olha ai...Quem vai responder pelo
crime de hj... Toma que o filho é teu", afirmava a legenda.
Outra
imagem do ambiente de trabalho, não autorizada, continha na legenda a expressão
"peia" (gíria usada no Nordeste para se referir ao órgão sexual
masculino).
ENTENDA. Em setembro de 2016, o caso havia
sido julgado pela 8ª Vara do Trabalho de Natal e a demissão por justa causa
havia sido revertida. A sentença alegava não haver provas suficientes, nas
legendas escritas pela ex-funcionária, que "denegrissem a imagem da empresa
de modo alarmante e grave" para justificar a demissão dela por justa
causa.
No
entanto, o hospital recorreu da decisão e conseguiu reverter. A Justiça acatou
a justificativa do hospital, de que a ex-funcionária lesou a honra e a boa
imagem da empresa. O relator do processo considerou que a postura da auxiliar
de enfermagem não foi condizente "com a de uma profissional à altura das
suas responsabilidades".
O
UOL refere ainda que a publicação de fotos e comentários em uma rede
social, não privada, de alcance mundial e repercussão altíssima, contando,
inclusive, com a interação comprovada de outros empregados da reclamada, é
considerada inadmissível do ponto de vista ético e profissional. Fonte:
Notícias ao Minuto.
OPINIÃO
DO BLOG: Sempre entendi que todo aquele
que trabalha em alguma empresa ou repartição pública de qualquer nível, e nessa
através de concurso ou apadrinhamento, tem o dever moral de prestar serviço de
boa qualidade e acompanhado sempre de bom atendimento, além de lhe caber a
obrigação de tentar resolver os problemas ali encontrados, levando-os sempre ao
conhecimento do seu gerente ou chefinha seu. Essa é que deveria ser a atitude
normal de quem ganha o seu sustento e o da própria família. Outra atitude como
a de publicar nas redes sociais os erros e defeitos de uma empresa ou
repartição, não pode ser uma atitude ética e decente.
Quem se mostra insatisfeito com
salários e com as práticas do empregador/empresa tem sempre a disposição recursos
como diálogo com os superiores, greve se for o caso ou apresentação de pedido
de demissão. Essas sim, são as maneiras decentes de procedimento para com quem
dá emprego a qualquer servidor ou empregado insatisfeito.