O
prefeito João Doria (PSDB) e o deputado federal e capitão da reserva Jair
Bolsonaro, atualmente sem partido, disputaram na manhã desta sexta-feira, 31, a
preferência do público durante um evento de formatura de policiais militares no
sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo. Foi o primeiro encontro
entre os dois postulantes da próxima disputa presidencial, que, na ausência do
governador Geraldo Alckmin (PSDB), foram conclamados por PMs e familiares a
entrarem na disputa pelo governo federal em 2018.
Bolsonaro
foi mais tietado. Tirou selfies com os formandos e foi ovacionado pela
plateia que ocupava as arquibancadas no sambódromo quando sua presença foi
anunciada pelo mestre de cerimônias no sistema de som.
Na
tribuna de honra, ao lado do filho, o também deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PSC-RJ), recebeu cumprimentos de comandantes da PM e ouviu atentamente ao
discurso de Doria, que abriu a cerimônia e adotou mais uma vez uma fala com tom
nacional.
Após
parabenizar os novos policiais e enaltecer o trabalho que prestam à sociedade,
Doria finalizou sua breve participação com as frases: "Viva o Brasil"
e "Viva o povo brasileiro". Em seguida, bastante aplaudido, o tucano
deixou o evento e comentou a popularidade do possível adversário. "Não tem
problema", disse, ao ser questionado sobre o fato de Bolsonaro ter sido
mais celebrado no evento. Sobre uma possível disputa eleitoral entre os dois,
no entanto, não comentou.
Sem a
presença de Doria, Bolsonaro assumiu de vez o papel de celebridade. Deixou a
tribuna e foi pessoalmente cumprimentar os novos policiais militares e seus
familiares. Por onde passava, ouvia gritos de "Bolsonaro, presidente"
e recebia pedidos de selfies.
Disponível,
tirou dezenas de fotos, gravou vídeos e concedeu entrevistas para o canal
oficial da PM. Ao final, elogiou Doria. "Conheci pessoalmente hoje, dei um
abraço nele e fiquei muito feliz com a maneira bastante carinhosa com que ele
me tratou", afirmou.
Alckmin
foi representado pelos secretários estaduais da Segurança Pública, Mágino
Alves, e da Administração Penitenciária, Lourival Gomes. O governador cumpre
agenda pública nesta sexta-feira no interior do Estado.
Histórico. Bolsonaro começou na política
em 1988, como vereador no Rio. Era capitão do Exército. Em 1990, elegeu-se
deputado federal. Inicialmente, representava o movimento corporativo das Forças
Armadas por salários. Logo incorporou uma agenda conservadora ampla,
alinhando-se sempre à direita. Fonte: Notícias ao Minuto.
OPINIÃO
DO BLOG: As trapalhadas praticadas
pelo presidente Temer, a partir da sua ascensão fortemente questionada desde o
afastamento de Dilma Rousseff por impeachment, têm favorecido e muito a
candidatos como Bolsonaro, a meu ver precipitado nos pronunciamentos
profundamente radicais contra tudo e contra todos.
O Jair Bolsonaro nada
mais tem feito do que dizer publicamente aquilo que o povão brasileiro deseja
ouvir como prisão para desonestos e corruptos de toda sorte; garantias de um
trabalho policial eficaz e incapaz de aceitar qualquer deslize popular,
principalmente por simpatizantes da esquerda de Lula; eficácia no atendimento
hospitalar aos mais pobres e uma educação plena de sucesso e responsabilidade
para com os filhos de todos.
Já o Doria, desde o
momento em que assumiu a prefeitura de São Paulo, tem mostrado muita eficiência
administrativa e a ideia levada realmente a efeito de combate à prática dos
pichadores, obrigando-os a pagar multas e as despesas efetuadas pela prefeitura
para limpar os locais por lelés usados ou recolhimento puro e simples à prisão,
está tornando-o um político responsável e justo. As suas ações o popularizam
cada vez mais, enquanto tantos e tantos outros nomes políticos e líderes se
acham envolvidos em práticas criminosas. Doria está se apresentando como o
diferencial entre o joio e o trigo.
Enquanto isso, os
políticos mais velhos e da velha política brasileira vão se desgastando com
ações fraudulentas e discursos demagógicos. Enquanto anunciam uma coisa agem de
forma diferente e se enrolam cada vez mais na teia a mentira.