O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ)
afirmou na tarde desta quarta-feira (5) que não irá recorrer contra a decisão
do Conselho de Ética que decidiu lhe aplicar uma advertência escrita pelo cuspe
em Jair Bolsonaro (PSC-RJ), mas afirmou que faria tudo de novo.
"Guardo como um troféu. O
que redimiu aquela noite pavorosa foi um cuspe na cara de um fascista. Foram
seis anos sendo difamado e, quando fui chamado de 'queima-rosca' naquela hora
por ele, cheguei ao meu limite. Cuspiria de novo sim", afirmou Wyllys, em
entrevista coletiva após a decisão do Conselho.
A "noite pavorosa" a
que o deputado do PSOL se refere é a votação pelo plenário da Câmara da
autorização para o impeachment de Dilma Rousseff.
Wyllys se desentendeu com
Bolsonaro momentos depois de anunciar no microfone do plenário sua posição
contrária à recomendação da abertura do processo. Ao descer do púlpito, ele deu
uma cusparada na direção de Bolsonaro.
O deputado do PSOL, que é
homossexual assumido, disse que vinha sendo ofendido de forma reiterada por
comentários homofóbicos do colega do PSC. Bolsonaro nega. Durante a confusão,
seu filho Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) cuspiu de volta na direção de Wyllys.
O Conselho de Ética da Câmara dos
Deputados decidiu nessa quarta-feira (5) punir Wyllys com uma censura por
escrito.
"A decisão foi justa, só não
foi absolutamente justa porque esperava o arquivamento. Outros deputados que
verdadeiramente quebraram o decoro parlamentar foram absolvidos", disse
Wyllys.
A reportagem não conseguiu falar
com Bolsonaro, que está em viagem ao Piauí, até as 18h. Com informações da
Folhapress. Fonte: Notícias ao Minuto.