Rodolpho Carlos da Silva, 21, foi
preso nesta segunda-feira (24) na cidade de João Pessoa, capital da Paraíba.
Segundo informações da Polícia
Civil, a detenção do jovem ocorreu em sua residência e ele não esboçou reação.
O juiz Marcos Williams foi o responsável por assinar a prisão. O advogado de
defesa afirmou que entrará com um pedido de habeas corpus para reverter a
decisão.
O agente de trânsito Diogo
Nascimento foi atropelado e morto na madrugada do dia 21 de janeiro durante uma
blitz da Lei Seca. Rodolpho dirigia um carro de luxo branco, da marca Porsche,
e acelerou o veículo quando recebeu ordem de parada, passando por cima da
vítima.
O impacto da colisão foi tão
forte que a placa do veículo ficou na cena do crime.
O caso despertou indignação na
população paraibana por duas razões fundamentais: mobilização do alto escalão
do judiciário local para proteger o jovem empresário e blindagem de boa parte
da mídia.
Na época do atropelamento, uma
juíza chegou a pedir a prisão de Rodolpho, mas o desembargador Joás de Brito,
durante a madrugada, concedeu habeas corpus antes mesmo do jovem ser detido.
Muitos protestos foram realizados
na cidade de João Pessoa desde a morte de Diogo e até hoje diversos carros
estão adesivados com a foto de Rodolpho Carlos seguida de mensagens contra a
impunidade.
No dia em que se apresentou à
delegacia para prestar depoimento sobre o atropelamento, Rodolpho quase foi
linchado.
PODER. Rodolpho Carlos pertence a uma
das famílias mais poderosas do Nordeste. Seu pai é um magnata dono do São Braz
— um dos grupos que mais produz café torrado no Brasil. Seu avô é José Carlos
da Silva, ex-senador da República e ex-vice governador da Paraíba.
Além do conglomerado de
indústrias alimentícias, a família de Rodolpho também é dona de empresas de
comunicação locais — incluindo jornais, rádios e TV afiliada da Rede Globo no
Estado. Fonte: Pragmatismo Político.