O juiz
titular da 7ª Vara Criminal Federal no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, pediu
reforço em sua segurança pessoal.
Bretas é
o juiz que concentra os processos da Lava Jato no Rio e seus desdobramentos,
como as operações Calicute e Eficiência, que levaram à cadeia, entre outras
pessoas, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, sua mulher Adriana Ancelmo e o
empresário Eike Batista.
Na noite
desta segunda-feira (10), o novo presidente do TRF (Tribunal Regional Federal)
da 2ª Região, André Fontes, recebeu jornalistas ao lado de Bretas para um breve
pronunciamento.
Ele
limitou-se a dizer que enquanto presidente do tribunal dava apoio institucional
aos processos tocados pela 7ª Vara, além de ter anunciado o reforço na
segurança de Bretas.
O
magistrado, que já contava com escolta armada desde o início do ano, teria
recebido reforço em sua segurança pessoal na última sexta-feira (7). Não foi
revelado se Bretas estaria sofrendo algum tipo de ameaça e se a escolta é
extensiva à família do juiz.
"A
situação do juiz Bretas deve ser um dos maiores desafios que o tribunal
enfrenta hoje. Essa preocupação que paira sobre o juiz é também a nossa. Vim
nesse ato simbólico deixar clara a minha solidariedade e preocupação diante dos
desafios e ameaças à figura do juiz ", disse Fontes.
Um
porta-voz da Justiça Federal disse após os pronunciamentos que o juiz pediu
reforço após perceber movimentação suspeita em seus deslocamentos. Bretas
evitou se estender em sua fala e não deu detalhes sobre o que ocorreu que
justificasse o pedido.
Disse
apenas que agora sente-se mais à vontade para levar os processos adiante devido
ao "apoio explícito do presidente do tribunal".
"Não
há nenhuma preocupação que não seja contornável com esse apoio", afirmou
Bretas.
Questionado
se estaria recebendo ameaças, não respondeu. "O que importa é saber que
temos todas as condições de tocar o processo", disse. Com informações da
Folhapress. Fonte: Notícias ao Minuto.