O senador Renan Calheiros
(PMDB-AL) disse que se sente "consternado" com a situação dos
milhares de pais e mães de família, jovens, veteranos e trabalhadores de todas
as categorias que estão apreensivos com as notícias que saem de Brasília sobre
a reforma trabalhista. Para ele, a reforma retira direitos, é injusta e vai
aprofundar a desigualdade social. As informações são da Agência Senado.
O líder da Maioria e do PMDB
declarou que, às vésperas do Primeiro de Maio, o Brasil precisa dizer alguma
coisa a seus trabalhadores e ponderou “que não é da melhor tradição que o
presidente da República não fale às famílias”. Renan criticou a regra de que o
acordado se sobrepõe ao que está na lei.
" É uma chantagem
explícita: ou aceita ou cai fora. É o ‘dá ou desce’ trabalhista",
afirmou.
Segundo Renan, o texto aprovado
induz os assalariados a renunciar ao FGTS, horas extras e férias remuneradas,
para se tornarem pessoa jurídicas. Para ele, não há nenhuma relação entre a
geração de empregos e a chamada flexibilização das leis trabalhistas. Segundo o
senador, esse discurso é usado para seduzir uma parcela da sociedade e garantir
a retirada de direitos. Fonte: Notícias ao Minuto.
OPINIÃO DO BLOG: Embora o senador Renan Calheiros seja um dos responsáveis pelo governo
Temer, é preciso ouvi-lo neste instante em que milhares de brasileiros estão a
desacreditar nessa proposta de modernização das relações de trabalho e capital,
enquanto outros milhares comemoram a vitória do governo ontem na votação da
Câmara dos Deputados, porque em verdade não se sabe ainda o que está por trás
de todo esse interesse do patronato e governo.
É preciso muita prudência neste momento porque se fala muito na
supressão de diversos direitos do trabalhador brasileiro, conquistas de tantos
anos de noites indormidas, porque a exploração humana corria solta no campo e
na cidade, antes do governo Getúlio Vargas.
Não é possível que os operários se deixem enganar pelos que poderão ser
seus algozes num futuro muito próximo. É só aguardar para se ter a realidade ao
alcance das mãos. O que é fato é que coisa boa e fácil para trabalhador pode
não vir por ai. Por aqui na Paraíba se costuma dizer que “de esmola grande
pobre desconfia”.