A relação
entre Michel Temer e Renan Calheiros piorou nas últimas semanas e os dois
romperam politicamente após desavenças. A partir de agora, como forma de
retaliação ao líder do PMDB no Senado, o presidente Temer passou a negociar
cargos e matérias do Congresso Nacional diretamente com senadores do PMDB.
Segundo a
colunista Andreia Sadi, do G1, o atrito entre os dois piorou após reiteradas
críticas do senador alagoano ao governo federal, principalmente, na área
econômica. Calheiros participou nesta terça-feira (4) de um jantar na casa da
senadora Katia Abreu (PMDB-TO) e usou o encontro para fazer novas críticas ao
presidente da República. Integrantes do governo Temer avaliam que o presidente
do Senado tem "esticado a corda", o que praticamente inviabiliza uma
recomposição com o Planalto.
A
publicação destaca que, em meio aos embates, o governo considera que Renan tem
um pequeno grupo de peemedebistas lhe apoiando, entre eles os senadores Katia
Abreu, Roberto Requião (PR), Rose de Freitas (ES), Hélio José (DF) e Valdir
Raupp (RO).
O
Planalto julga que Kátia Abreu e Roberto Requião sejam "perdidos",
sem brecha para negociação. Já os demais, nas palavras de um auxiliar de Temer,
"usam a guerra pessoal de Renan para serem atendidos". Ou seja,
buscam cargos em troca de fidelidade ao governo.
Diante
deste cenário, uma estratégias do governo será a negociação no
"varejo", afirma a colunista Andreia Sadi.
Além disso,
apostar no desgaste político de Renan com os desdobramentos da Lava Jato é uma
das medidas do governo Temer.
Um
ministro do governo acredita que a combinação do avanço das investigações e a
derrubada do sigilo das delações da Odebrecht vai isolar o senador na bancada.
"É como aconteceu com Eduardo Cunha. Vai chegar uma hora em que os
próprios senadores vão se afastar, não vão querer sair na foto com ele",
afirmou o auxiliar ouvido pela publicação. Fonte: Notícias ao Minuto.