O prefeito de São Paulo João
Doria (PSDB) defendeu nesta segunda-feira, 24, a atuação do juiz Sérgio Moro e
as investigações da Operação Lava Jato. "O passado passou. E graças a Deus
passou, senão teriam destruído o Brasil. Se não fosse esse juiz Sérgio Moro e a
Lava Jato, o Brasil estaria destruído hoje. É outro tempo", disse. Em
discurso de abertura do Fórum Cidades do Futuro, organizado pela Rádio Jovem
Pan, o tucano voltou a dizer que não é candidato a governador ou a presidente,
e que a sua fala "não é de candidato".
Doria não citou o Partido dos
Trabalhadores (PT), mas afirmou que "os erros que se cometeram no passado,
de não dar atenção à população mais fragilizada, levaram o Brasil a 13 anos de
mau governo, destempero, assalto ao dinheiro público e mentiras que
contribuíram para três anos da maior recessão econômica do País e para a pior
imagem pública do País no exterior".
O tucano disse ainda que
"vozes populistas querem assaltar a consciência dos mais pobres e mais
humildes" e que "acabou o tempo do Brasil sindicalista, o Brasil
protecionista". Evitando mencionar também o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, o prefeito afirmou que as transformações são determinadas pelo
"povo brasileiro, não por sindicalista ou dirigente partidário."
Doria declarou apoio às reformas
previdenciária e trabalhista, negando que vão gerar desemprego e pobreza.
Segundo o prefeito, as mudanças propostas pelo presidente Michel Temer
"vão gerar riqueza, oportunidades de trabalho e transformação para o
Brasil".
O prefeito negou que esteja
fazendo "discurso de candidato". "Fui eleito prefeito na maior
cidade brasileira, eleito no primeiro turno. É um fato histórico",
afirmou. "Não sou candidato a governador e não sou candidato a
presidente." Ao jornal O Estado de S. Paulo, em entrevista no
início de abril, o tucano disse que disputaria o governo do Estado em 2018 se o
governador Geraldo Alckmin (PSDB) pedir.
"E não adianta vir com
críticas da extrema esquerda. Não sou de direita, nem de esquerda, sou
brasileiro. Quero o bem das pessoas. Para isso, vou usar toda a minha força,
capacidade e voz para defender o Brasil, sobretudo do mal que já acometeu nosso
País e quase nos destruiu. A minha voz será ouvida, sim, doa a quem doer",
declarou, finalizando o discurso. Fonte: Notícias ao Minuto.