Que surpresa mais
triste professora, essa de que você resolveu partir sem se despedir da família e
muito menos dos amigos! Há duas ou três semanas, não lembro com precisão,
apanhei você à porta de casa no Juá, e a conduzi com uma Bíblia nas mãos até
sua Igreja, Assembleia de Deus, onde passaria a tarde orando e pedindo por si e
pelos seus entes queridos, lembra?
Ah, e você estava
feliz porque seria avó. Me falou disso com a maior alegria do mundo. Os seus
olhos brilhavam de tanta alegria e emoção. Quanta felicidade deixou transparecer,
não foi mesmo?
Ao chegar em casa
disse à minha família do nosso casual reencontro e das coisas que pudemos
conversar. E ficamos felizes também porque gostamos de você há muito tempo.
Como a vida é misteriosa, não é não? De repente me chega
alguém e anuncia friamente que você, minha querida professora Nádia, resolveu
partir para se encontrar com o Salvador e não se despediu de ninguém. Mulher,
fiquei calado e pasmo! Bateu-me uma tristeza danada minha amiga professora
Nádia, muito embora acredite no que dizem os cristãos mais sábios que morrendo
é que se vive.
De onde me acho agora, quero desejar-lhe um alegre
encontro com Deus e que possa continuar com o olhar de mãe sobre seus filhos, e
tendo a certeza de que deixou muitas saudades em todos que conviveram consigo,
sobretudo da Escola Antenor Navarro.
Até outra hora, minha querida amiga e um cheiro no seu coração!