Joesley avisou que estava ‘acabando o alpiste’
e presidente teria dito que é ‘muito importante’ manter.
O diretor da J&F Ricardo Saud
disse em delação premiada que o código para falar sobre propina ao ex-deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro era falar em "dar
alpiste para passarinhos".
"(...) O dinheiro do Eduardo
Cunha tinha terminado e o Michel Temer sempre pedia para manter eles lá. O
código era 'tá dando alpiste pros passarinhos? Passarinhos estão tranquilos na
gaiola?' Tal. Começou com Geddel. Quando Geddel foi abatido no meio do caminho,
o Joesley foi conversar com Michel Temer", diz o delator.
O delator afirma que, na conversa
com Temer, Joesley avisou que estava "acabando o alpiste" e o
presidente teria dito que é "muito importante" manter. Lúcio Funaro é
apontado pelos investigadores como um operador próximo a Eduardo Cunha.
Após a resposta do presidente,
segundo o delator, Joesley Batista orientou o diretor da empresa a
"continuar pagando mais uma ou duas aí pro Lúcio, até nós definirmos da
onde vai vir esse dinheiro agora pra pagar". Fonte: Notícias ao Minuto.