O ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso comentou sobre o primeiro ano de gestão de Michel Temer e as
perspectivas para as eleições de 2018 em entrevista publicada nesta
segunda-feira (8) pelo jornal Folha de S. Paulo.
O tucano elogiou o peemedebista,
dizendo que ele mantém "mão firme no leme" ao conduzir as reformas
trabalhistas e da Previdência. "O Temer entendeu que o papel dele ou é
histórico ou é nenhum. A sua força está no Congresso, que está numa
circunstância muito difícil devido à questão da Lava Jato", avaliou, ao
comentar a reforma política.
FHC também apontou o colega do
partido João Doria como 'o novo' em comparação aos caciques do partido, como o
governador de SP Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves.
O PSDB, ao contrário do que
dizem, sempre teve muitos quadros. Sempre tivemos três, quatro possíveis
candidatos. A questão é que o sistema político brasileiro não favorece a
formação de líderes nacionais. Fora de campanhas, quem aparecia nacionalmente?
O ex-presidente, o presidente e um ou outro candidato a presidente. Quando
alguém chamava atenção? Só os mais bizarros conseguiam. Isso agora mudou, está
mudando. O Doria está fora [desse esquema anterior], o Luciano Huck está fora.
Eles são o novo porque não estão sendo propelidos pelas forças de sempre. Temos
de ver como isso se desenrola", afirmou.
Ele disse, no entanto, que é
"cedo" para saber quem realmente concorrerá em 2018. "Temos de
ver como o processo anda, como a sociedade está absorvendo todo o impacto da
Lava Jato", opinou. Fonte: Notícias ao Minuto.