Com agravamento da crise política no Brasil, após a
delação da JBS, feita pelo empresário Joesley Batista, que envolveu nomes de
peso da política nacional, inclusive o presidente Michel Temer, o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso já entrou em contato com o ex-ministro e
ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim, com o objetivo de
articular uma sucessão controlada.
Segundo avaliou o tucano a interlocutores, Temer
não vai se manter na Presidência até o fim do mandato e, por isso, defende um
grande acordo entre todas as forças políticas.
Jobim, então, seria uma peça-chave, já que tem bom
trânsito no meio, tendo comandado a Justiça, no governo de Fernando Henrique, e
a Defesa, durante as administrações de Lula e Dilma Rousseff.
De acordo com informações de O Globo, um dos
caciques do PSDB considera que, em 2018, todos poderão se enfrentar na eleição,
mas que agora o momento é de união.
Com a possibilidade de eleição indireta, o nome de
Jobim chegou a ser cogitado para conduzir o país, já que tem boa aceitação em
várias alas da sociedade e dos partidos. Pesam contra, no entanto, o fato de
ele ter enveredado pela iniciativa privada e assumido um cargo no alto escalão
do BTG, banco de investimentos que foi alvo da Lava-Jato, o que o deixa em uma
posição de “fragilidade”.
O ex-presidente também fez questão de reafirmar que
o seu partido não pode “trair” Temer. No último sábado, Fernando Henrique ligou
para o presidente, aconselhando o peemedebista a manter-se no cargo.
Ele também, ainda segundo O Globo, tem demonstrado
preocupação com o seu próprio partido, depois de o senador Aécio Neves,
presidente da legenda, ter sido flagrado em conversas com Joesley. Aécio está
sendo acusado de corrupção e tentativa de obstrução da Justiça, e foi afastado
do cargo por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). Fonte:
Notícias ao Minuto.