Alguns
embaixadores do Itamaraty se reuniram na tarde desta quinta-feira (18) com suas
equipes para comunicarem que o ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes
deixaria o cargo.
A
informação foi relatada à reportagem por funcionários da chancelaria. Pessoas
que trabalham com o ministro chegaram, inclusive, a desmarcar eventos em que
ele tinha presença confirmada.
Se
isso acontecer, Aloysio será o primeiro integrante do PSDB, aliado principal do
governo de Michel Temer, a desembarcar do governo. A assessoria de imprensa do
tucano informou, porém, que ele não escreveu carta de demissão e que não
pretende deixar o cargo.
No
início desta tarde, Aloysio também negou que entregaria o cargo e que o PSDB
deixaria a base do governo.
"Esperamos
um esclarecimento desta situação. Por enquanto, não temos sequer o conhecimento
dos áudios e dos vídeos. É preciso que isso venha a público. Por enquanto, o
que temos são fragmentos, transcrições, e eu penso que essa questão não pode
continuar assim. É preciso que o STF libere [áudios e vídeos], o quanto antes,
para que possamos ter a inteireza de todas as informações", disse.
A
declaração foi feita a jornalistas após reunião de cúpula do PSDB realizada na
casa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em Brasília, um dos alvos da operação da
Polícia Federal desta quinta.
Outro
integrante da sigla, o ministro das Cidades Bruno Araújo, falou a pessoas
próximas que pretende entregar o cargo. Segundo aliados, Bruno já pensava em se
desligar do governo devido à Lava Jato.
Internamente,
grande parte dos tucanos afirmam que o desembarque deve acontecer o quanto
antes. No entanto, parte da sigla defende que é necessário ouvir os áudios que
integram a delação de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, para tomar uma
decisão. Com informações da Folhapress. Fonte: Notícias ao
Minuto.