domingo, 11 de junho de 2017

AMB COBRA APURAÇÃO SOBRE SUPOSTO MONITORAMENTO DE FACHIN




Maior entidade da toga no País, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) divulgou nota no sábado, 10, com críticas à suposta espionagem contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. "As notícias veiculadas pela imprensa relatando que a Presidência da República teria acionado a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), é um fato tão grave que não pode permanecer sem esclarecimento", diz o comunicado assinado pelo presidente da AMB, Jayme de Oliveira.

Além da AMB, também reagiram à informação divulgada pela revista Veja a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O Palácio do Planalto e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sergio Etchegoyen, negaram que a agência tenha bisbilhotado a vida do relator da Lava Jato no Supremo. A Abin é subordinada ao gabinete do general.

"Sendo as notícias procedentes, se caracterizará a quebra da harmonia e independência entre os Poderes da República, para além das infrações penais ocorridas. Estará em risco a democracia brasileira. A AMB repudia veementemente qualquer forma de pressão ao Judiciário e conclama a magistratura a manter-se em estado de alerta e vigilância permanentes. Cobramos das autoridades envolvidas amplo esclarecimento dos fatos, em caráter de urgência", disse a AMB, na nota.

Fachin, relator da Lava Jato no STF, autorizou a abertura de inquérito contra o presidente da República com base nas delações premiadas da JBS. A investigação apura crimes de corrupção passiva, participação em organização criminosa.

DEFESA DO PLANALTO. A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República diz em nota que "o presidente Michel Temer jamais 'acionou' a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar a vida do Ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, como publicado hoje pelo site da revista Veja. O governo não usa a máquina pública contra os cidadãos brasileiros, muito menos fará qualquer tipo de ação que não respeite aos estritos ditames da lei.

A Abin é órgão que cumpre suas funções seguindo os princípios do Estado de Direito, sem instrumentalização e nos limites da lei que regem seus serviços.

Reitera-se que não há, nem houve, em momento algum a intenção do governo de combater a operação Lava Jato." Com informações do Estadão Conteúdo. Fonte: Notícias ao Minuto.
OPINIÃO DO BLOG: Mais um escândalo, agora referente a espionagem contra um alto magistrado brasileiro, cai no colo daqueles que estão atualmente no Palácio do Planalto. E o assunto ou denúncia, se torna muito sério, até porque já se viu e ouviu queixas da presidência (antiga) da República sobre espionagem às conversas de Dilma Rousseff com Lula, e outras mais entre outras autoridades e políticos, desde que se instalou a famosa apuração Lava Jato.

Agora a situação é diferente, merecendo a observação de grave também, pois segundo a grande imprensa, a Abin, órgão oficial do governo federal está procedendo a escutas e vigilância sobre o ministro do STF Edson Fachin. Por que está acontecendo essa ação e autorizada por quem? 

Que os fatos sejam todos definitivamente apurados com muita transparência e punidos definitivamente todos aqueles que tiveram se desviado dos caminhos da legalidade e da honradez. Não se entenderá nunca punição apenas e tão somente para pobres, enquanto para os ricos e privilegiados sociais, nada.

Continua prevalecendo a ideia legal de que deve pagar pelos erros todo aquele que estiver incluído em falcatruas, lançando mão sobre o patrimônio público e do Estado em benefício próprio e dos seus familiares, e também sobre aqueles que pratiquem menores crimes na sociedade porque todos são iguais perante a lei, ou isso mudou?

A justiça brasileira bem que poderia ser mais rápida (eficiente?) e começar a dar um basta eficaz em todos esses casos, de forma mais dura.