O presidente Michel
Temer não está mais contando com o apoio dos 46 deputados do PSDB para barrar a
denúncia que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar
contra ele nos próximos dias por corrupção passiva, associação criminosa e
obstrução de Justiça. De acordo com o site Congresso em Foco, a retirada dos
parlamentares tucanos da contabilidade de votos que o governo possui na Câmara
para evitar que a denúncia se torne processo contra o peemedebista ocorreu
depois das declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O tucano
passou a defender a antecipação das eleições presidenciais de 2018 como solução
para a crise política protagonizada por Temer. “Este será um momento decisivo
para o PSDB. A depender do conteúdo da denúncia, o partido fica ou deixa o
governo, vota pela admissibilidade ou rejeita”, disse um dirigente do partido à
publicação. “Só contarão conosco se a denúncia for fraca. Por que vamos apoiar
um governo moralmente insustentável?”, completou o tucano, na esteira das declarações
de FHC sobre a aliança com Temer. Nas contas de deputados da tropa de choque do
presidente, o governo precisa conquistar 300 votos contrários à denúncia do
Ministério Público Federal. Este número seria uma forma de mostrar a força
política do presidente. Para rejeitar a denúncia, o presidente só precisa de
172 votos contrários à iniciativa da PGR. Fonte: BN – Bahia Notícias.