Ex-ministro foi citado algumas vezes no inquérito
que investiga Temer, mas não aparece como investigado.
O
ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) colocou à disposição do STF (Supremo
Tribunal Federal) seus sigilos bancário e fiscal, em tentativa de evitar ser
alvo de operações.
Ele afirmou à corte
que pode entregar o passaporte e que abre mão de realizar movimentações
bancárias maiores do que R$ 30 mil, se comprometendo a avisar sobre operações
acima desse valor. O peemedebista foi citado algumas vezes no inquérito que
investiga o atual presidente, mas não aparece como investigado.
Joesley Batista, um
dos donos da JBS, afirmou em delação premiada que seu contato no governo para
assuntos do interesse da empresa era com Geddel.
O operador Lucio
Funaro, preso na Papuda, disse em depoimento à Polícia Federal que o
ex-ministro fez algumas ligações para sua esposa para sondar qual era a real
possibilidade de uma delação premiada ser efetuada.
"Salvo motivo de
força maior, o peticionário [Geddel] não efetuará movimentação relevante de
valores em sua conta corrente, excetuando apenas o pagamento das suas despesas
mensais domésticas, comprometendo-se, desde já, a informar previamente a todos
os órgãos responsáveis pela persecução penal sobre qualquer movimentação
individual que supere o montante de R$ 30 mil", escreveu a defesa de
Geddel.
Na manifestação, os
advogados do ex-ministro qualificam a mídia como sensacionalista, por colocarem
o político como o "próximo alvo" dos investigadores. Eles afirmaram
ter convicção de que não há motivo para medidas cautelares, como busca e
apreensão, condução coercitiva ou até mesmo prisão, mas "por excesso de
zelo" colocam à disposição do Supremo o passaporte do cliente -e também de
qualquer outro aparelho que seja solicitado.
No último dia 8 de
junho, Geddel ficou em silêncio em depoimento à Polícia Federal, no âmbito do
inquérito de Temer. A defesa afirmou que ele não tinha tido acesso aos autos e
que fora intimidado apenas dois dias antes, sem tempo para conhecimento acerca
das investigações. Com informações da Folhapress. Fonte: Notícias ao Minuto.