247 - O ex-ministro Antonio Palocci pediu
em suas alegações finais absolvição ao juiz Sérgio Moro na Operação Lava Jato.
O petista é acusado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
relacionados.
A
defesa de Palocci faz referência a um ‘ex-deputado flagrado com mala de R$ 500
mil’ para confrontar uma declaração do executivo Fernando Migliaccio, um dos
delatores da Odebrecht na Lava Jato.
Os
advogados Alessandro Silverio, Bruno Augusto Gonçalves Vianna e Sylvio Lourenço
da Silveira Filho não citam nominalmente o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures
(PMDB-PR) – preso em 3 de junho. O ex-assessor especial do presidente Michel
Temer foi filmado pela Polícia Federal, em 28 de abril, saindo apressado de um
estacionamento com mala estufada de propinas da JBS.
Fernando
Migliaccio afirmou em depoimento que Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci,
pegava dinheiro em espécie, ‘nunca menos do que um milhão’, com o próprio
delator, ‘botava na mochila e ia embora’. Segundo o executivo, ‘dependendo das
notas, cabe até uns 2, 3 milhões numa mochila’.
A
defesa do ex-ministro afirma nas alegações finais que trata-se da ‘mentira
perfeita’.
“O
colaborador (Fernando Migliaccio) foi desmascarado pelos recentes fatos envolvendo
um ex-deputado federal do Paraná, que teria sido flagrado portando uma mala com
R$ 500 mil, como é fato público, notório e amplamente divulgado na mídia.
Note-se: no episódio envolvendo o deputado, havia uma mala contendo R$ 500
mil”, narra a defesa no documento.
“Ora,
como se sabe agora, R$ 500 mil ocupam o volume de uma mala média. Mas, de
acordo com o delator, Branislav Kontic fazia caber em uma mochila – com
aproximadamente um terço ou pouco mais da capacidade da mala carregada pelo
deputado paranaense – nunca menos do que o dobro do valor contido em uma mala
média… A falácia contada pelo réu colaborador salta aos olhos. Esse fato
demonstra, por si só, a inconsistência das alegações feitas pelo corréu
delator.” Fonte: Notícias ao Minuto.