terça-feira, 20 de junho de 2017

POSTURA ‘CONTRADITÓRIA’ DO PSDB LEVOU À DERROTA NO SENADO, DIZ FRANCO




Um dos principais auxiliares do presidente Michel Temer, o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) afirmou que a postura "contraditória" do PSDB foi determinante para a "desagradável" derrota do governo na votação da reforma trabalhista, nesta terça-feira (20) no Senado.

Segundo Moreira, o voto do senador Eduardo Amorim (PSDB-SE) foi uma surpresa para o Palácio do Planalto, visto que o discurso dos tucanos tem sido de comprometimento com as reformas, apesar das dúvidas quanto à permanência do partido na base do governo Temer.

"Com relação a essa votação de hoje [quarta], evidentemente foi uma coisa desagradável", disse Moreira à reportagem.

Além do senador tucano, o ministro se disse surpreso com o voto de seu correligionário Hélio José (PMDB-DF) que, segundo ele, decidiu se alinhar ao ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), publicamente contrário às mudanças nas leis trabalhistas.

"O voto do senador Hélio José foi uma surpresa, assim como a posição do PSDB [Eduardo Amorim], que diz ter dúvidas em relação ao governo, mas que está absolutamente fechado e compromissado com as reformas. Não foi esse o comportamento político que vimos hoje", completou Moreira.

Apesar do contratempo, o ministro diz que o governo está "empenhado" na aprovação da reforma trabalhista para, em seguida, criar condições para que o Congresso dê aval à reforma da Previdência.

"Isso [derrota no Senado] foi uma pedra que foi retirada. Temos absoluta certeza de que vamos aprovar no plenário", declarou.

Nesta terça, o governo sofreu sua primeira derrota na reforma trabalhista, quando o relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) foi rejeitado por 10 votos a 9 na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) no Senado.

A ausência do senador Sérgio Petecão (PSD-AC) e os votos contrários de Otto Alencar (PSD-BA) e Eduardo Amorim (PSDB-SE), ambos de partidos da base do governo, foram decisivos para a derrota do Planalto.

Antes do início da sessão, o governo contava com a aprovação do texto por 11 votos a 8, pelo menos.

Mesmo com o revés, o resultado da votação não interrompe a tramitação da proposta do governo. Isso porque o posicionamento do colegiado é um parecer, apenas, e a decisão final caberá ao plenário do Senado. Com informações da Folhapress. Fonte: Notícias ao Minuto.

OPINIÃO DO BLOG: Resultado desse porte nunca será novidade em parlamento nenhum do mundo, pois sempre existirão partidos e deputados e senadores  comprometidos apenas e tão somente com momentos de ofertas, de fartura. Quando o governante de plantão se torna claudicante, quem lhe jurou lealdade pode deixá-lo sozinho sem o menor pudor.
Ainda que o resultado sobre a reforma trabalhista, hoje,  quando o Senado indicava votar a favor do relatório de Ricardo Ferraço na Comissão de Assuntos Sociais, tenha sido contrário aos prognósticos de positividade do Palácio do Planalto, há que se entender que muitas águas ainda passarão sob a ponte e outros resultados podem vir favoráveis ao governo, no mesmo assunto, voltando tudo a estar em brancas nuvens. 
Viva a independência dos nossos representantes em Brasília!