O Conselho de
Ética fará na próxima terça-feira (27) uma reunião para instaurar o processo
disciplinar que pede a cassação do mandato do deputado federal Lúcio Vieira
Lima (PMDB). No mesmo encontro, também devem ser aceitas as solicitações
referentes aos deputados Paulo Maluf (PP-SP), Celso Jacob (PMDB-RJ) e João
Rodrigues (PSD-SC), que atualmente estão presos. Na reunião de terça, de acordo
com o G1, haverá o sorteio de uma lista tríplice para cada um dos processos. A
partir daí, o presidente do conselho, Elmar Nascimento (DEM), definirá o
relator, que deverá fazer um parecer preliminar, em até 10 dias úteis,
avaliando de as representações têm fundamento ou devem ser arquivadas. Caso o
processo tenha continuidade, será iniciado um prazo de 40 dias úteis para
coleta de provas e depoimento. Depois, o relator vai apresentar um parecer em
que acata ou rejeita o argumento da representação. Caso seja aprovado pelos
integrantes do colegiado, o texto segue para votação no plenário da Câmara dos
Deputados. Lúcio é acusado por quebra de decoro por ser acusado de envolvimento
com o bunker de R$ 51 milhões encontrado pela Polícia Federal em Salvador. A
representação contra o peemedebista foi apresentada pelo PSOL e Rede. Lúcio foi
denunciado em dezembro pela Procuradoria-Geral da República por lavagem de
dinheiro e associação criminosa. Fonte: BN –
Bahia Notícias.
OPINIÃO DO BLOG: Como se pode entender que uma casa legislativa da importância do Congresso
Nacional, se mantenha pagando salários e vantagens a políticos presos há mais
de 30 dias, como se estivessem presentes a votações e exercendo os seus cargos
plenamente, conforme são exigidos desde o momento da posse?
Não dá
para compreender o dinheiro público sendo atirado na lata do desperdício, como
se ação dessa natureza não tivesse a menor importância. Ou remunerar
mensalmente a quem não exerce função por qualquer razão, principalmente se essa
é resultante de determinação de prisão por parte da justiça?
Se uma
pessoa não presta serviço por mais de trinta dias em qualquer empresa, tem suspenso
o seu pagamento, bem como todas as vantagens que o cargo ofereça. E no caso, como
se trata de um cidadão político, eleito democraticamente pelo povo para representá-lo,
entende-se que estando ausente por determinação de prisão (caso Maluf, por exemplo), não está trabalhando
e muito menos representando o seu eleitorado, o seu estado.
Em
sendo assim, por que além de sustar o seu pagamento, não se teria convocado o
seu suplente e lhe dado posse?
Ah, lembro
agora que aqui no Brasil as coisas são assim mesmo. Até quando assistiremos a
essas aberrações, apenas calados?