domingo, 25 de fevereiro de 2018

MENTOR DE BOLSONARO DEFENDE PRIVATIZAÇÃO RADICAL: ‘ZERA A DÍVIDA’



O presidenciável Jair Bolsonaro conferiu o desenvolvimento do programa econômico a um ultraliberal. Paulo Guedes, CEO do Bozano Investimentos e doutor pela Universidade de Chicago, tem conversas quinzenais de quatro a cinco horas com o deputado para debater temas econômicos.
Em entrevista ao jornal 'Folha de S. Paulo', Guedes defende a privatização radical e critica o plano econômico da Constituição de 88.
"Nós perdemos tempo no combate à inflação. A morte do Tancredo [Neves, em 1985] foi uma infelicidade. O Tancredo era um veterano de 1964, quando ele viu a democracia se perder pelo problema inflacionário. Quando ele vê a inflação subindo, entra dizendo: é proibido gastar, vou controlar os gastos públicos. Quando nós fomos para congelamento de preços, Cruzado, esse tipo de coisa, nós nos perdemos, nós fomos na direção da Venezuela, para a hiperinflação", diz.
O economista diz que "privatizar tudo" é a solução para zerar a dívida mobiliária e a dívida pública federal interna.
"É só fazer a conta: dois anos atrás foram R$ 500 bilhões e ano passado, R$ 380 bilhões de juro da dívida. Bota isso 25 anos. Dava para ter acabado com a miséria?", diz.
"O governo é muito grande, bebe muito combustível. Mas se você olhar para educação, saúde, ele é pequeno. Já que a democracia vai exigir a descentralização de recursos para Estados e municípios, o governo federal tem que economizar. Onde? Na dívida. Se privatizar tudo, você zera a dívida, tem muito recurso para saúde e educação. Ah, mas eu não quero privatizar tudo. Privatiza metade, então. Já baixa metade da dívida", completa. Fonte: Notícias ao Minuto.

OPINIÃO DO BLOG: Quer me parecer diante do que diz o doutor Paulo Guedes dentre outras orientações que dá ao presidenciável Bolsonaro, que no país cada governante que chega ao Planalto, desde a redemocratização, tem feito apenas experiências com a nossa economia. Nada foi ou tem sido feito de forma definitivamente pensada e que pudesse ir sendo consertada enquanto o plano em prática, a ponto de deixar a situação plenamente resolvida e o povo sem passar por tantas agruras como tem acontecido.
Vive-se atualmente dias de insegurança social para o povo, com  o salário mínimo mantido de forma a não passar dos mil reais, enquanto os do servidor público estão completamente congelados há sete anos  em alguns estados da federação. Enquanto isso, os de servidores de classes privilegiadas no país, se não tiveram aumento, são capazes de suportar qualquer oscilação negativa por conta de política econômica mau orientada. 
Combustível sobe semanalmente, bujão de gás mantido nas alturas, mas os gastos do governo se elevam cada dia mais, saúde sem qualquer condição de salvar vidas, educação de péssima qualidade, segurança pública um verdadeiro caos, enquanto se defende a criação de novos ministérios ou coisa parecida. Redução de gastos, nunca. 
E ainda se tem um ministro da Fazenda que diariamente em suas entrevistas sempre deixa muito clara a vontade de aumentar impostos, para que o povo continue pagando caro pelos desmandos do seu (des)governo.
Esse é um governo que tem sido excelente para as classes econômicas mais altas e banqueiros. E nem se precisa falar da sua complacência com protecionismo a nomes de figurões envolvidos em fortes escândalos econômicos no país,