segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

SAUDADES ETERNAS, BETE



Elisabete Serrano, pintora, advogada, professora e bibliotecária, nascida por estas paragens guarabirenses e logo se fez mulher independente e senhora do seu querer. Era rebelde e da vida de mocinha interiorana queria muito mais. Não nascera para ser comerciante igual a Mário Serrano, seu pai. Decidiu-se por tomar nas próprias mãos o seu futuro.
Preencheu espaços diversos na nossa sociedade e se preparou para a vida depois de recolher os frutos que lhe foram oferecidos pelas freiras do Colégio da Luz. Fortalecida no ego vestiu-se de forças e atravessou os horizontes da sua terra natal, palmilhando outros caminhos e abraçando novos conhecidos. Deu um tapinha na saudade e foi por ai buscar seu crescimento social e profissional.
Distribuiu simpatia, sorrisos e alegria, nas festas da nossa sociedade, quer no Baile das Rosas lá no Clube Recreativo, nas noites de pavilhão à Senhora da Luz ou na participação do corso no centro da cidade. Você foi primorosa, minha querida.
Vê-la inerte e silenciosa é inacreditável, Bete, principalmente depois de ter acompanhado grande parte da sua existência, ainda que à distância, vendo-a quase sempre alegre, expansiva e solidária. Mas, fazer o quê, se desde que se compreende o mundo, a gente já vai sendo orientado para enfrentar esse momento triste?
Por você Bete, rogo humildemente a Deus que a acolha dando o merecido descanso da vida eterna.
Saudades eternas Elisabete Serrano.