Elisabete
Serrano, pintora, advogada, professora e bibliotecária, nascida por estas
paragens guarabirenses e logo se fez mulher independente e senhora do seu
querer. Era rebelde e da vida de mocinha interiorana queria muito mais. Não
nascera para ser comerciante igual a Mário Serrano, seu pai. Decidiu-se por tomar
nas próprias mãos o seu futuro.
Preencheu
espaços diversos na nossa sociedade e se preparou para a vida depois de recolher
os frutos que lhe foram oferecidos pelas freiras do Colégio da Luz. Fortalecida
no ego vestiu-se de forças e atravessou os horizontes da sua terra natal,
palmilhando outros caminhos e abraçando novos conhecidos. Deu um tapinha na
saudade e foi por ai buscar seu crescimento social e profissional.
Distribuiu
simpatia, sorrisos e alegria, nas festas da nossa sociedade, quer no Baile das
Rosas lá no Clube Recreativo, nas noites de pavilhão à Senhora da Luz ou na
participação do corso no centro da cidade. Você foi primorosa, minha querida.
Vê-la
inerte e silenciosa é inacreditável, Bete, principalmente depois de ter
acompanhado grande parte da sua existência, ainda que à distância, vendo-a
quase sempre alegre, expansiva e solidária. Mas, fazer o quê, se desde que se
compreende o mundo, a gente já vai sendo orientado para enfrentar esse momento
triste?
Por
você Bete, rogo humildemente a Deus que a acolha dando o merecido descanso da
vida eterna.
Saudades
eternas Elisabete Serrano.