terça-feira, 20 de março de 2018

PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA QUER APROFUNDAR INVESTIGAÇÃO CONTRA SILAS MALAFAIA



O pastor Silas Malafaia será investigado com maior profundidade pela Procuradoria Geral da República por receber “vultuosos recursos” de um dos principais investigados na Operação Timóteo. Segundo o jornal O Globo, a Procuradoria, em um documento sigiloso, pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o aprofundamento das investigações contra o pastor. A defesa de Malafaia havia pedido no STF anulação do indiciamento do pastor e que as investigações fossem arquivadas. A PGR emitiu um parecer contrário ao arquivamento. Malafia começou a ser investigado na operação após a Polícia Federal rastrear um cheque de R$ 100 mil doado ao pastor pelo advogado Jader Pazinato, acusado de desviar royalties da mineração e pagar propina a agentes públicos. Malafaia afirmou na época que o pagamento era uma doação, por ter orado pelo pastor e este ter sido abençoado. O pagamento é indício de um suposto esquema para lavar dinheiro de organização criminosa. A investigação foi remetida pelo STJ em janeiro de 2017, após suspeita de que os envolvidos fizeram pagamento a familiares de um conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios do Pará, Aloísio Chaves. Aloísio possui foro por prerrogativa de função. A Procuradoria quer a conclusão das investigações para elucidar os motivos do repasse de dinheiro ao pastor através do advogado. A defesa de Malafaia afirma que ele não sabia da origem do dinheiro. O caso é relatado pelo ministro Raul Araújo no STJ. Em fevereiro de 2017, a PGR pediu desmembramento do inquérito para manter no STJ somente o envolvimento do conselheiro do TCM do Pará. As demais investigações serão remetidas para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O desmembramento ainda não ocorreu. Malafaia já chegou a figurar como um dos pastores mais ricos do Brasil pela Revista Forbes. Em 2013, o patrimônio do pastor era de US$ 150 milhões. Na época, ele rebateu a revista e disse que era de apenas R$ 6 milhões. Em depoimento, o pastor disse ter um rendimento mensal de R$ 100 mil, por ser pastor, conferencista, escritor de livros e dono de uma editora de livros gospel. Entre os imóveis, o pastor tem quatro casas no Rio de Janeiro e um apartamento em Boca Raton, na Flórida, nos Estados Unidos. A defesa de Malafaia diz que a investigação causou um grave dano na imagem do pastor, que este sofre "constrangimento de ter que explicar o ocorrido" e ao fato de ser ver "exposto de forma negativa à opinião pública". Fonte: BN – Bahia Notícias.