O Conselho de Ética da Câmara dos
Deputados arquivou nesta quarta-feira (2) o processo por quebra de decoro
parlamentar que tramitava na Casa contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Por
8 votos a 3, os parlamentares do colegiado aprovaram o parecer do deputado
Júlio Delgado (PSB-MG), relator do caso, recomendando o arquivamento. As
informações são da Agência Brasil.
O pedido para investigar Jean Wyllys foi apresentado pelo PR com o
argumento de que ele teria incorrido nos crimes de "apologia às drogas e
perversão sexual". Em entrevista à jornalista Leda Nagle, veiculada no
Youtube, o deputado foi perguntado sobre o que faria se o mundo tivesse para
acabar. Segundo a acusação, Jean Wyllys respondeu que consumiria drogas
ilícitas que nunca experimentou e teria relações sexuais com todas as pessoas
que o desejassem.
No parecer, Júlio Delgado concluiu pela inaptidão e ausência de justa
causa na representação apresentada contra o parlamentar carioca. Segundo o relator,
não houve condutas criminosas atribuídas ao representado, já que ele não
praticou nenhuma "irregularidade grave" durante o exercício do
mandato e nem afrontou as normas de boa conduta e respeito ao Parlamento.
O Conselho de Ética, que tem 21 membros e respectivos suplentes, é o
órgão responsável por instaurar processos disciplinares contra parlamentares
que são denunciados por atos incompatíveis com o decoro parlamentar.
O colegiado pode recomendar ou não punições, como censura oral,
suspensão por seis meses ou até a perda definitiva de mandato. No caso de
punições mais severas, o parecer do conselho também deve ser apreciado em
plenário, em votação secreta. Com informações da Folhapress. Fonte: Notícias ao Minuto.