A nossa sociedade
parece fadada a conviver sempre com os péssimos resultados das políticas
públicas a si destinadas, conforme a imprensa livre tem divulgado
cotidianamente. Ainda bem que a temos sempre vigilante e entusiasmada, promovendo
divulgação ampla e livre de subterfúgios, cumprindo assim o seu brilhante papel
de bem informar, enquanto se preocupa com o bem-estar dos que podem menos ou
não podem nada.
Viver em paz e
desassustado consigo mesmo, tem sido muito difícil para o brasileiro
assalariado ou indigente, principalmente quando se trata de sua saúde, pois
dependendo do SUS, geralmente não encontra médico especialista no seu mal e
quando sim, toma um baita susto ao ser informado que o seu tratamento cirúrgico
só acontecerá dali a meses, quando surgir vaga. Há casos e não são poucos, em
que a espera se dá por mais de um e dois anos.
Aos que têm salário com
capacidade de endividamento por empréstimo por consignação, ainda há uma
esperança de readquirir a saúde continuar vivendo por algum tempo entre os seus
irmãos e familiares, pois a rede de hospitais particulares oferece o tratamento
através de pagamento à vista ou no cartão em alguns casos.
São muitos os
esperançosos nessa fila pela vida e restabelecimento da saúde, que não precisam
da cirurgia ou outro tratamento mais delicado: Deus os levou antes que o
governante desse solução ao seu caso. E eles votaram sempre e sempre, cumprindo
com o seu dever perante o país e a democracia, sem contar que não atrasavam ou
sonegavam impostos, porque acreditavam no sistema e nos gestores.
Hoje, conforme a imprensa, se sabe que muitos
transplantados e residentes no Sul e Leste – imagine-se nas demais Regiões,
principalmente as menos desenvolvidas –, estão sofrendo agruras à falta de
medicamentos que deveriam ser distribuídos pelo Ministério da Saúde. São
remédios muito caros e precisam chegar aos transplantados sempre, porque lhes
garantem melhor qualidade de vida, lhes asseguram viver mais.
Cabe a cada um de nós a
responsabilidade maior de estar sempre atento em favor dos que precisam mais,
se é que a gente quer realmente um país justo e uma sociedade solidária. Quem
tem voz e conhecimento nesta sociedade, pode muito bem em situações difíceis
para o seu irmão, reclamar e fazer ouvir a sua voz, pois servir é obrigação de
todos.