Os funcionários dos Correios ameaçam
paralisação a partir do dia 4 de agosto, segundo os sindicatos que representam
a categoria. Em meio à pandemia, onde a população depende muito do serviço para
receber produtos dos mais diversos, os trabalhadores alegam cortes de
benefícios por parte da empresa. A estatal, que negocia um acordo coletivo de
trabalho, nega suprimir direitos dos empregados e diz que as entidades criam
confusão sobre as propostas.
A empresa conta com 100 mil empregados. Segundo os
Correios, os profissionais teriam hoje benefícios superiores à média do mercado
nacional. A estatal afirmou que ainda trabalha para ajustar suas contas, culpou
gestões anteriores por problemas financeiros e declarou que seria
"irresponsabilidade manter benefícios que não encontram amparo na atual
realidade financeira.
O acordo prevê ajuste dos benefícios
concedidos pelos Correios. "Tendo em vista a realidade financeira da
empresa, com um cenário de dificuldades que tem se agravado a cada ano que
passa, os Correios precisam se adequar não só ao que o mercado está praticando,
mas, também, ao que está previsto na legislação", declarou em nota.
O texto afirma que os Correios buscam, além do seu
reequilíbrio financeiro, a redução das concessões que extrapolam a legislação e
oneram suas finanças - no sentido de adequar as relações trabalhistas das
empresas públicas à CLT.
Com a pandemia, a estatal afirma que surgiram desafios de
adaptação para a empresa continuar prestando serviços com qualidade e segurança
para todos, além de mudanças na característica de obtenção de receita da
estatal.
"Assim, a proposta formulada e apresentada pela
empresa atende às diretrizes do governo federal no sentido de primar pela
redução dos efeitos negativos da crise. Considerando o contexto econômico atual
e as projeções futuras em razão da pandemia, a empresa tem buscado tratar junto
às entidades representativas um acordo que assegure a manutenção dos
empregos."
Os Correio negam que propõe modificar os termos do plano
de saúde dos empregados. Sobre o ajuste referente ao ticket refeição, a estatal
diz que a concessão extrapola a jornada de trabalho, alcançando o recesso
semanal e as férias dos empregados. "O que a empresa propõe é a redução do
benefício de forma a contemplar apenas os dias efetivamente trabalhados. A
proposição mencionada, caso prospere, representará para a empresa uma economia
da ordem de R$ 20 milhões mensais", afirma a empresa em nota.
Fonte:
PORTAL R7.
