A
arquiteta Monica Tereza Benício, companheira de Marielle Franco,
concedeu a primeira entrevista após o assassinato da vereadora ao programa
Fantástico, na noite deste domingo (18). Emocionada, ela revelou que o casal já
havia definido data para o casamento e relembrou o que aconteceu na trágica
noite do crime.
"Ela mandou uma mensagem 'já to no carro, vc tá precisando
de alguma coisa? precisa que eu leve alguma coisa?' Falei que não, entrei em
casa, achei que ela fosse chegar um pouco primeiro. E 20 minutos depois ela
ainda não estava em casa, eu achei aquilo esquisito", contou Monica.
"Aí liguei mais 20 vezes e fui começando a ficar muito desesperada porque
ela não atendia", explicou.
Uma amiga foi à casa das duas contar o que havia acontecido.
"Eu falei 'Dani o que que aconteceu? Cadê a Marielle?'. Ela respondeu:
'você precisa ser forte. A Marielle morreu'. E aí eu caí no chão porque eu não
conseguia ficar em pé."
Segundo Monica, Marielle estava despreocupada e
nunca relatou ter recebido ameaças- . "Eu ainda não consigo acreditar que
ela não vai voltar pra casa. Eu ainda não consigo entender por que fizeram isso
com ela", lamentou.
As duas já haviam começado a preparar o
casamento, que seria realizado em setembro do ano que vem. "A gente
demorou muito tempo pra conseguir ficar junta de verdade e quando a gente
finalmente conseguiu, tudo muito breve.... Ela tinha me dito que ia ser pra
sempre dessa vez." Fonte: Notícias ao Minuto.
OPINIÃO DO BLOG: Embora saibamos que a
sociedade caminha a passos largos em direção à evolução plena, ainda é visível,
sabemos também, a resistência violenta que setores dessa mesma sociedade impõem,
se recusando a combater ideias consideradas avançadas com outras ideias. E conforme
se está assistindo, a violência desferida contra a vereadora Marielle, do PSOL,
deixa um rasto de insatisfação muito grande, servindo inclusive para cobrar das
autoridades constituídas, um posicionamento claro e rápido na solução e
desvendamento do crime, com a prisão dos assassinos e também dos próprios
autores ou autor intelectuais dessa ação covarde e fria.
Quem são os mandantes e quais as razões que os levaram a
querer morta a parlamentar Marielle Franco, uma das mais votadas da cidade do Rio de
Janeiro e exercendo de forma brilhante o mandato de vereadora, é o que
interessa a todo o país, neste momento.
Marielle tinha um futuro promissor, não há dúvida.