sábado, 20 de outubro de 2012

ESQUECIDO PELOS AMIGOS



Um fato marcante nas eleições paraibanas para prefeito e vereador deste ano, foi a notória ausência do governador Ricardo Coutinho nos palanques dos seus aliados políticos, e até naqueles cujas candidaturas fossem filiadas ao seu partido político (PSB). Geralmente, todo candidato a prefeito se sente honrado e satisfeito quando conta com a participação de um cabo eleitoral da imponência de um governo de estado, certamente devido ao seu prestígio e a tudo aquilo que poderá fazer em termos de administração em favor do seu município. 

Não foi isso que ocorreu agora em 2012, mesmo todos os seus simpatizantes e filiados partidários afirmando da sua boa e excelente administração, do seu dinamismo público e da sua capacidade gerencial das finanças do Estado. Parece que todos os candidatos rezaram por uma só cartilha: a do esquecimento de convite ao governador Ricardo Coutinho para participar dos seus comícios e movimentos políticos, como se temessem perder aliados eleitorais nos municípios, uma vez que os servidores públicos o classificam de impiedoso e prepotente. 

Entretanto, sem querer promover a defesa do governante maior da Paraíba neste instante, até porque tem gente suficiente para o fazer na Assembleia Legislativa e no próprio Palácio da Redenção, e nem ele precisaria da minha humilde opinião, é claro, todos os que o renegaram neste importante momento político acorreram à sua residência quando se fez empossado no cargo de governador paraibano, para pedir empregos para os seus parentes e afilhados políticos em todos os municípios. Isso sem querer mencionar outros favores que também lhe solicitaram, certamente, sem o menor acanhamento e em nome de fidelidade política, quando o procuraram.

Favores distribuídos e bem recebidos, é claro, ninguém os recusou ao menos que se saiba oficialmente. O mínimo que se esperava de favorecidos partidários ou simpatizantes da causa socialista estadual, era que todos se irmanassem indistintamente e em qualquer situação ou momento, para chorar ou sorrir. Agora foi o contrário. Deixaram o governador completamente isolado e nem a festas de vitória o cidadão foi ou é convidado, pelo que se tem visto.

O justo seria que não o querendo muito próximo para não perder votos, também lhe devolvessem todos os favores e cargos recebidos, ou não? Pelo que se viu, todos querem benefícios do primo rico, porém, distancia quando o momento for eleitoral, com receio de serem contaminados pela sua antipatia popular. E política não é a união de muitos? E a solidariedade onde fica?

Pelo visto, Ricardo só serviu para lhes dar e oferecer e ficou no esquecimento dos que se diziam amigos.