Um fato marcante nas
eleições paraibanas para prefeito e vereador deste ano, foi a notória ausência
do governador Ricardo Coutinho nos palanques dos seus aliados políticos, e até
naqueles cujas candidaturas fossem filiadas ao seu partido político (PSB).
Geralmente, todo candidato a prefeito se sente honrado e satisfeito quando
conta com a participação de um cabo eleitoral da imponência de um governo de
estado, certamente devido ao seu prestígio e a tudo aquilo que poderá fazer em
termos de administração em favor do seu município.
Não foi isso que ocorreu
agora em 2012, mesmo todos os seus simpatizantes e filiados partidários
afirmando da sua boa e excelente administração, do seu dinamismo público e da
sua capacidade gerencial das finanças do Estado. Parece que todos os candidatos
rezaram por uma só cartilha: a do esquecimento de convite ao governador Ricardo
Coutinho para participar dos seus comícios e movimentos políticos, como se
temessem perder aliados eleitorais nos municípios, uma vez que os servidores
públicos o classificam de impiedoso e prepotente.
Entretanto, sem querer
promover a defesa do governante maior da Paraíba neste instante, até porque tem
gente suficiente para o fazer na Assembleia Legislativa e no próprio Palácio da
Redenção, e nem ele precisaria da minha humilde opinião, é claro, todos os que
o renegaram neste importante momento político acorreram à sua residência quando
se fez empossado no cargo de governador paraibano, para pedir empregos para os
seus parentes e afilhados políticos em todos os municípios. Isso sem querer
mencionar outros favores que também lhe solicitaram, certamente, sem o menor
acanhamento e em nome de fidelidade política, quando o procuraram.
Favores distribuídos e bem
recebidos, é claro, ninguém os recusou ao menos que se saiba oficialmente. O mínimo
que se esperava de favorecidos partidários ou simpatizantes da causa socialista
estadual, era que todos se irmanassem indistintamente e em qualquer situação ou
momento, para chorar ou sorrir. Agora foi o contrário. Deixaram o governador
completamente isolado e nem a festas de vitória o cidadão foi ou é convidado,
pelo que se tem visto.
O justo seria que não o
querendo muito próximo para não perder votos, também lhe devolvessem todos os
favores e cargos recebidos, ou não? Pelo que se viu, todos querem benefícios do
primo rico, porém, distancia quando o momento for eleitoral, com receio de
serem contaminados pela sua antipatia popular. E política não é a união de
muitos? E a solidariedade onde fica?
Pelo visto, Ricardo só
serviu para lhes dar e oferecer e ficou no esquecimento dos que se diziam
amigos.