O comentário do momento na
cidade de Guarabira é justamente o atraso de dois meses no pagamento dos
servidores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), posta em funcionamento este
ano, e que vem prestando excelente serviço de atendimento a todos os residentes
não apenas neste município, porém, em vários outros localizados na região. Dizer
que a UPA não tem deficiências seria querer “tapar o sol com uma peneira”
conforme adágio popular, porém, isso é e pode ser superado pelas boas atitudes desenvolvidas
em favor dos pacientes que ali chegam a toda hora e diariamente. Torna-se
pequena e até certo ponto ineficiente pelo espaço físico que ocupa, diante de
tanta gente.
Já precisei ser atendido
ali, quando descobri que sou hipertenso, e fui muito bem servido e tratado não
apenas pelos médicos, um casal que não gravei os nomes, como pelas atendentes e
profissionais de enfermagem. Sabe-se que existiram problemas políticos para o
devido funcionamento desse importante equipamento de saúde, porém, o que pude
ver foi que a política ficou de fora do seu funcionamento, o que é muito
elogiável e salutar.
Constatei o
duro que todos dão para trabalhar com a população por demais exigente, querendo
que os seus entes queridos fossem atendidos imediatamente. Afirmavam categoricamente
que a situação do seu doente era de urgência, que era pessoa enviada por
figuras importantes do lugar, etc. Depois faziam queixas e reclamações, ameaçando denunciar às emissoras de rádio da cidade que os seus
pacientes não foram atendidos no devido tempo pelos médicos, que aquilo não
podia estar acontecendo e vinham os impropérios e avisos de que levariam a situação ao
conhecimento do prefeito, do deputado e
do vereador. A paciência dos servidores era a tônica maior.
E depois de tantas
injustiças que recebem de pacientes e familiares ou acompanhantes, os
servidores da UPA de Guarabira estão pagando um preço muito maior, pois, há
dois meses esperam receber os seus salários para continuarem sustentando os
seus lares e familiares, bem como, saldarem as suas dívidas junto aos
comerciantes da cidade. Quem trabalha precisa receber, naturalmente, até porque
ninguém presta serviço a uma coletividade por amor. As autoridades constituídas
e responsáveis pelo funcionamento desse equipamento de saúde, precisam tomar
uma posição clara e urgente em favor de quem ali está trabalhando normalmente,
para servir à população.
Que se revelem as forças de justiça em favor dos servidores da UPA, não apenas com discursos paliativos, mas se posicionando de verdade, para que os seus salários sejam repassados o mais urgente possível.