quarta-feira, 24 de outubro de 2012

SERVIDORES DA UPA SEM SALÁRIOS

O comentário do momento na cidade de Guarabira é justamente o atraso de dois meses no pagamento dos servidores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), posta em funcionamento este ano, e que vem prestando excelente serviço de atendimento a todos os residentes não apenas neste município, porém, em vários outros localizados na região. Dizer que a UPA não tem deficiências seria querer “tapar o sol com uma peneira” conforme adágio popular, porém, isso é e pode ser superado pelas boas atitudes desenvolvidas em favor dos pacientes que ali chegam a toda hora e diariamente. Torna-se pequena e até certo ponto ineficiente pelo espaço físico que ocupa, diante de tanta gente.


Já precisei ser atendido ali, quando descobri que sou hipertenso, e fui muito bem servido e tratado não apenas pelos médicos, um casal que não gravei os nomes, como pelas atendentes e profissionais de enfermagem. Sabe-se que existiram problemas políticos para o devido funcionamento desse importante equipamento de saúde, porém, o que pude ver foi que a política ficou de fora do seu funcionamento, o que é muito elogiável e salutar. 

Constatei o duro que todos dão para trabalhar com a população por demais exigente, querendo que os seus entes queridos fossem atendidos imediatamente. Afirmavam categoricamente que a situação do seu doente era de urgência, que era pessoa enviada por figuras importantes do lugar, etc. Depois faziam queixas e reclamações, ameaçando denunciar às emissoras de rádio da cidade que os seus pacientes não foram atendidos no devido tempo pelos médicos, que aquilo não podia estar acontecendo e vinham os impropérios e avisos de que levariam a situação ao conhecimento do  prefeito, do deputado e do vereador. A paciência dos servidores era a tônica maior.


E depois de tantas injustiças que recebem de pacientes e familiares ou acompanhantes, os servidores da UPA de Guarabira estão pagando um preço muito maior, pois, há dois meses esperam receber os seus salários para continuarem sustentando os seus lares e familiares, bem como, saldarem as suas dívidas junto aos comerciantes da cidade. Quem trabalha precisa receber, naturalmente, até porque ninguém presta serviço a uma coletividade por amor. As autoridades constituídas e responsáveis pelo funcionamento desse equipamento de saúde, precisam tomar uma posição clara e urgente em favor de quem ali está trabalhando normalmente, para servir à população.

Que se revelem as forças de justiça em favor dos servidores da UPA, não apenas com discursos paliativos, mas se posicionando de verdade, para que os seus salários sejam repassados o mais urgente possível.