O presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reclamou do que ele chamou de
"celeridade" dos dois inquéritos para investigá-lo que tiveram a
abertura autorizada nesta segunda-feira (25) pelo Supremo Tribunal Federal.
De acordo com o peemedebista, são
“impressionantes” tanto a “celeridade” quanto a “seletividade” nos processos
que o envolvem.
A reportagem do G1 destaca que o teor dos novos
inquéritos não foi divulgado porque tramitam em segredo de Justiça. O ministro
Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo, foi quem autorizou a
abertura dos inquéritos.
Agora são cinco procedimentos sobre o
peemedebista em andamento na Corte, incluindo um pedido feito em dezembro para
afastá-lo do mandato e do comando da Câmara, por supostas tentativas de
atrapalhar as investigações.
“Eu soube [da abertura dos inquéritos] pelo
procurador-geral [Rodrigo Janot] na sexta-feira passada. Não sei, nem conheço o
conteúdo, é secreto. Aliás, é impressionante a celeridade como se trata comigo,
a seletividade e celeridade quando se tratam comigo. Deveria ter o
procurador-geral da República a mesma celeridade com os demais investigados que
existem lá. Eu não vi nenhuma outra denúncia ser apresentada contra quem quer
que seja”, declarou Cunha.
O presidente da Câmara é acusado de trabalhar
para postergar o processo que o investiga no Conselho de Ética da Casa. Além
disso, o colegiado apura denúncia de que ele mentiu à CPI da Petrobras ao negar
ter contas no exterior.
O deputado ainda é suspeito de ter recebido ao
menos US$ 5 milhões em propina de um contrato da Petrobras. Cunha também é
investigado em outros dois inquéritos: um sobre contas na Suíça que teriam
recebido propina atribuídas a ele; e outra sobre propina para obras do Porto
Maravilha, no Rio. Fonte: Notícias ao Minuto.