Do Portal
Vermelho - A atriz afirmou que tem lido muito sobre o assunto e
que a opinião do ex-ministro e filósofo Mangabeira Unger – contrário ao
processo de impedimento – a influenciou no posicionamento.
"O que ele diz fez todo sentido para mim. Me
parece, tendo lido bastante a respeito, que não é um bom caminho a se tomar. Me
parece que [um impeachment] não vai facilitar as coisas como as pessoas estão
achando", opinou.
Glória, que não costuma dar declarações sobre
política, disse ainda que a situação do país é um tema que muito lhe interessa.
"Tenho lido muito sobre isso, só se fala disso e é um assunto que me
interessa. Até um determinado momento, eu estava acreditando na capacidade das
pessoas de enxergarem que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Não
se pode botar tudo num saco só", defendeu.
Ela se prepara para voltar aos cinemas, na
próxima semana, interpretando a psiquiatra Nise da Silveira, no filme de
Roberto Berliner, Nise - O Coração da Loucura. O longa trata da abordagem
revolucionária de Nise com pacientes no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II,
no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, após ter passado 18 meses presa,
durante o Estado Novo.
Questionada sobre o que sua personagem acharia do
clima de ódio que se alastrou pelo país, em meio à polarização política, Glória
disse: "Ela foi presa sem processo, ficou quase dois anos na cadeia.
"Talvez hoje estivesse estarrecida em ainda não conseguirmos nos
comunicar. Talvez o radicalismo fosse uma coisa que a deixasse estarrecida. O
que ela propunha era o oposto, era compreender as diferenças e entender que
somos humanos e tem que haver um consenso." Fonte: Brasil 247.