247 – O
vice-presidente Michel Temer praticamente fechou a definição do primeiro
escalão de seu eventual governo, que poderá se tornar realidade no dia 12 de
maio, caso o Senado confirme o afastamento temporário da presidente Dilma
Rousseff.
A definição mais importante
aconteceu no dia de ontem, quando Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco
Central, venceu a disputa interna contra o senador José Serra (PSDB-SP), que
também almejava o Ministério da Fazenda. Temer avalia que Meirelles, que
presidiu o Banco Central durante oito anos do governo Lula, simboliza a
credibilidade diante do mercado internacional. Na Fazenda, Meirelles poderá
também indicar o chefe do BC.
Em seu primeiro escalão, Temer
também contaria com seus principais aliados, no PMDB, para a concretização do
impeachment. Eliseu Padilha iria para a Casa Civil, tornando-se responsável
pela articulação política. Moreira Franco comandaria o superpoderoso ministério
da Infraestrutura, que uniria pastas como Transportes, Portos e Aviação Civil.
Romero Jucá, por sua vez, assumiria o Planejamento. Além deles, Henrique Alves
deve voltar para o Turismo.
Dos partidos aliados, o PSDB
indicaria José Serra para a Educação, mesmo com resistências de políticos como
Geraldo Alckmin e Aécio Neves. Do PP, viriam os deputados Ricardo Barros
(PP-PR), para a Saúde, e Cacá Leão (PP-BA), para a Integração Nacional. O
Desenvolvimento, que desenvolve políticas de comércio exterior e está também
acima do BNDES, deve ser ocupado por Paulo Skaf, atual presidente da Fiesp.
Tudo depende, evidentemente,
da votação do relatório da comissão especial do Senado, no dia 12 de maio, que
pode afastar a presidente Dilma temporariamente do cargo – até que seja julgado
o mérito do processo de impeachment. Fonte: Brasil 247.