247 – A
presidente Dilma Rousseff deve enviar até sexta-feira ao Congresso proposta de
emenda constitucional que antecipa a eleição presidencial para o dia 2 de
outubro. A ação ocorre a pouco mais de uma semana para a análise do processo de
impeachment no Senado, que pode afastar a presidente por 180 dias.
Dilma e grande parte de seus
ministros, como Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de
Governo), defendem a ideia da eleição, mas não contam com o consenso dos
movimentos sociais. O vice Michel Temer é taxativo contra: “Seria fugir da
responsabilidade. Essa, sim, é uma proposta golpista”.
Parte do PT também se posicionou
a favor da convocação das novas eleições, como o senador Paulo Paim (PT-RS),
embora admita que não há na Câmara o número suficiente de votos para aprovar a
proposta. “Diria que no PT cresce o apoio, porque eu e os senadores Jorge Viana
(PT-AC) e Lindbergh Farias (PT-RJ) estamos apoiando. As pesquisas dizem que a
população quer novas eleições. Se isso tudo for verdadeiro, que deixemos o povo
eleger presidente e vice numa grande concertação”, disse Paim, em entrevista ao
Globo.
Segundo ele, não há 3/5 dos
votos para a aprovar uma PEC, ou seja, 308 votos na Câmara e 49 votos no
Senado, em duas votações em cada Casa. “Percebemos que o impeachment está
caminhando e decidimos no meio do caminho encontrar uma alternativa. Claro que
hoje não tem voto. Sabemos. Só é viável se houvesse um grande em atendimento
entre Executivo e Congresso”. Fonte: Brasil 247.
OPINIÃO DO BLOG: Ora, se a presidente Dilma Rousseff não
conseguiu impedir em momento melhor que o impeachment fosse aprovado na Câmara,
imaginem agora que o Senado da República já analisa a possibilidade de seu
afastamento nos próximos dias.
Pode mandar quantas PECs quiser que se sabe muito bem que o seu Governo
não tem mais nenhuma credibilidade junto à Câmara e também no Senado. Está
querendo é “chover no molhado”, essa é que é a verdade.
Essa era uma alternativa inteligente se tomada há bom tempo atrás, até porque empolgada pela ideia a população brasileira teria tido tempo para estimular os parlamentares a exercerem um voto mais responsável pela continuidade da democracia. Mas agora, é tudo muito tarde.
Como dizem por aqui o Governo "deixou o cavalo passar selado e não montou", pensando que mudaria a opinião dos deputados federais..