Em um pronunciamento
oficial na noite desta segunda-feira (4), o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, anunciou que determinou a abertura de uma investigação para
apurar indícios de omissão de informações no acordo de delação premiada da JBS. Segundo
Janot, dependendo do resultado da investigação, os benefícios oferecidos aos
irmãos Joesley e Wesley Batista poderão ser anulados.
O motivo da investigação seria uma gravação entre dois
colaboradores, na qual eles admitem terem recebido orientação do então
procurador Marcelo Miller para fechar o acordo de delação, o que é proibido. Se
a irregularidade for comprovada, a delação de executivos da JBS pode ser
rescindida.
"Se ficar provada qualquer ilicitude o acordo de
colaboração premiada será reincidido". Contudo, uma eventual rescisão do
acordo não invalida as denúncias oferecidas, mas sim a perda de benefícios
por parte dos delatores.
Janot explica que o áudio tem conversas que envolvem
autoridades e por isso o submeteu ao Supremo. O procurador disse também que vai
encaminhar ainda hoje uma petição ao ministro do STF Edson
Fachin pedindo que ele decida como proceder neste caso. Fonte:
Notícias ao Minuto.
OPINIÃO DO BLOG: Até o término do mandato do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, 16 deste mês, muita água vai passar por baixo da ponte, ninguém se engane. Tomará certamente muitas decisões para que não fique nada pendente, até porque sabe que será alvo de muitas críticas daqueles a quem denunciou, e não há de querer ver seu nome vinculado ao daqueles que não serviram ao país, mas a si mesmos.
Ao final da tarde de hoje, Janot comunicou através de pronunciamento oficial que já "determinou a abertura de uma investigação para apurar indícios de omissão de informações no acordo de delação premiada da JBS", talvez em função de tanta estranheza expressada diuturnamente por grande parte de pessoas do nosso mundo político e jurídico, haja vista as facilidades e benesses que os irmãos denunciantes receberam após terem anunciado que fizeram farta distribuição propinas a políticos e altos servidores públicos, esses escolhidos a dedo por autoridades políticas brasileiras.
Até a saída de Rodrigo Janot, pelo simples término do seu mandato, muita coisa pode acontecer. Quem vai pagar pra ver? Quem viver verá!