Na abertura dos
trabalhos no plenário do Senado Federal, nesta quarta-feira (6), um assunto
dominava tanto os pronunciamentos quanto as conversas entre os parlamentares: a
revisão das delações premiadas de três executivos da JBS, incluindo o sócio
Joesley Batista.
O senador Jorge Viana (PT-AC) conclamou o Supremo Tribunal
Federal a agir “contra o abuso de autoridade e as ilegalidades cometidas, pondo
na cadeia aqueles que estão afrontando o cidadão brasileiro”.
"Era um dia de parar tudo e o Supremo ver o que fazer. Se a
decisão for anular acordos, que anulem. Se for prender pessoas, que prendam.
Essas trapalhadas todas, com desdém contra o brasileiro, não vai acontecer
nada? Aqui nesta Casa lamentavelmente a gente não se entende para fazer leis
mais duras contra abuso de autoridade, leis mais firmes que deem respaldo para
toda autoridade que combater a corrupção. Esse é o equilíbrio necessário",
disse.
Já o senador Lasier Martins (PSD-RS) disse "estranhar"
a demora do STF em tomar atitudes relativas aos recentes desdobramentos das
investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MPF) sobre o
grupo empresarial. O senador defendeu abertamente a prisão dos irmãos Wesley e
Joesley Batista, donos da empresa, e a anulação do acordo feito por eles com o
MPF.
"É um apelo que faço ao STF, se mexam, tomem uma atitude,
no máximo, até o final do feriadão. Causa surpresa e preocupação o silêncio da
Suprema Corte, a demora em tomar uma atitude. O país está nas mãos do
Ministério Público, da Polícia Federal e do Judiciário. Entendo que a
presidente Cármen Lúcia esteja atordoada, até sem dormir, mas ela precisa
reunir seus pares e traçar uma linha de trabalho", defendeu o senador.
Lasier ainda deixou clara sua posição de que a eventual anulação
do acordo dos irmãos Batista com o MPF não deverá significar a desconsideração
das provas apresentadas por eles, pois tal fato apenas provocaria "ainda
mais impunidade". Fonte: Notícias a Minuto.
OPINIÃO DO BLOG: Realmente, a gente não entende porque as autoridades atingidas duramente pelos empresários que se candidataram no programa de delação premiada, conforme têm sido divulgadas amplamente pelas redes sociais e imprensa em geral, se mantêm caladas e sem nenhuma ação em defesa de si mesmas e da seriedade da própria instituição (STF) que representam.
Está mais do que demonstrado o desinteresse desses cidadãos da JBS, envolvidos num dos grandes esquemas de distribuição de propina que se tem visto até os dias atuais, que não têm o menor respeito pelo povo e nem pelas instituições brasileiras.
Que sejam tomadas as providências e se restabeleça a honradez de autoridades de nomes realmente inabaláveis.