O
empresário Roberto Justus se disse arrependido das declarações minimizando os
efeitos do novo coronavírus, ainda no início da pandemia no Brasil. Em áudio que circulava
nas redes sociais, Justus defendia que a doença era apenas
“uma gripezinha”.
Na ocasião, Justus disse ainda que o coronavírus não mataria
ninguém na favela. “Então, na favela não vai acontecer porra nenhuma se entrar
o vírus, muito pelo contrário. Essa molecada que está na favela. Criança então,
de zero a dez anos nenhum caso. E as crianças nem pegam a doença”, afirmou.
Em entrevista à rádio Jovem Pan nesta segunda-feira (20), o
empresário afirmou que a pandemia resultou em mais mortes do que ele imaginava
e que se arrepende de ter “subestimado” a Covid-19.
“Voltaria atrás e diria: teve mais mortes do que eu imaginava. Me
arrependo um pouco de ter subestimado a Covid-19, ela é um pouco pior do que eu
imaginava, afirmou Justus. “Mas não tão ruim quanto assistir aos jornais das
televisões e ver esse vírus do medo se espalhando de uma forma tão terrível”,
disse o empresário.
“Eu leio bastante, me informo bastante, e adoro uma coisa chamada
estatística. A estatística está à favor de a gente dizer que não é tão
dramático quanto se coloca, né”, acrescentou Justus.
“Desde o começo eu defendo que essa pandemia teve uma reação
exagerada por parte da imprensa em geral e dos governos que querem ser
politicamente corretos. Não estou minimizando as lamentáveis mortes no Brasil,
não estou dizendo que a doença não seja contagiosa ou perigosa, mas acho que os
governantes deviam ter feito um meio termo”, afirmou empresário.
Até o momento, a Covid-19 já fez mais de 600 mil vítimas fatais em
todo o mundo. No Brasil, que atualmente ocupa o segundo lugar no ranking global
de países mais afetados pela pandemia, a doença já foi responsável por mais de
80 mil mortes e mais de 2 milhões de casos confirmados.
Mesmo com a mudança de posicionamento, Justus reafirmou que as
medidas de paralisação das atividades econômicas foi “abrupta e exagerada” e
que é contra o fechamento do comércio e de demais estabelecimentos a fim de
frear a contaminação de mais pessoas.
Justus ainda afirmou que tem “sofrido” com a pandemia. “Estou aqui
na minha fazenda em isolamento, no interior de São Paulo, gostaria de estar
trabalhando mais e estar ativo. Eu respeito aquilo que é imposto pelas
autoridades, porém não preciso concordar”.
Fonte: Portal PRAGMATISMO POLÍTICO