segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A IGREJA E A CIDADE

A igreja matriz de Guarabira, de onde emanam as bênçãos diárias da Virgem da Luz, edificada desde 1755 por Costa Beiriz foi a grande responsável pelo surgimento das primeiras casas residenciais e comerciais da cidade. Nas suas adjacências os que se destacavam economicamente como proprietários de engenhos, fazendeiros e comerciantes bem sucedidos, construíram casarões simples e outros com sobrados e porões. Essa seria a área residencial da pequena cidade.

Para melhor conforto da classe burguesa e média de então, a feira livre ali também se desenvolvia semanalmente, facilitando a todos os que dela participavam, uma mais assídua presença na casa de Deus enquanto trabalhavam.


Adro da Igreja de Nossa Senhora da Luz (década de 1910)

O comércio verdadeiramente dito se expandia por ruas adjacentes e ali também foram construídas residências suntuosas, dando continuidade ao crescimento da urbe. Vão surgindo novas ruas e os intendentes (prefeitos) se atiraram a realizar o aterramento da lagoa existente no centro da atual Dom Pedro II, que por muitos anos seria conhecida como rua da Lagoa.

O material utilizado no aterramento da lagoa foi retirado abundantemente de serra próxima, no cimo da qual se ergueram as primeiras casas formadoras do futuro bairro de Santa Terezinha, enquanto a área escavada deu lugar á construção de casas simples que formaram a rua da Barreira, atual Quintino Bocaiúva, que nos últimos dias recebeu cobertura asfáltica em toda a sua extensão.