CUITÉ DE MAMANGUAPE
Finalmente, consegui cumprir uma obrigação para comigo: conhecer a cidade de Cuité de Mamanguape. Não podia continuar adiando essa pretensão, uma vez que em 2005, além de professor, fui orientador da estudante Ivanilda Maria dos Santos, residente na zona rural dessa localidade, quando elaborou e brilhantemente apresentou à Banca Examinadora o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) intitulado EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE CUITÉ DE MAMANGUAPE – PB (1994-2004). Ela sempre demonstrava orgulho da terra em que nascera e pude realmente constatar que tinha razão suficiente a minha orientanda.
O município tem apenas 97 km² e está a 75 metros acima do nível do mar, tendo se emancipado politicamente de Mamanguape a 29 de abril de 1994, pela Lei 5.890, no governo de Cícero de Lucena Filho (02/04/94 a 1º/01/95), que sucedera o governador Ronaldo Cunha Lima quando renunciara ao mandato para disputar a cadeira de Senador da República.
O primeiro prefeito eleito do município de Cuité de Mamanguape foi Nemézio Augusto de Meireles, que tinha na pessoa de Luiz Gabriel Beco o vice-prefeito, eleitos em 3 de outubro de 1996. Atualmente o município é administrado pela prefeita Izaurina Meireles.

Os habitantes da cidade são muito simples e bastante acolhedores, sabendo oferecer informações cuidadosas a quem delas precisem para se orientar na procura de pessoas e ruas. Curiosamente, como em muitos lugares interioranos, famílias sentam às calçadas para um dedinho de prosa nos instantes de folga, geralmente ao final das tardes e inícios de noites.
O nome “Cuité” tem origem em vasta plantação natural de cuité (sempre era transformada em vasilhas) que havia na área onde existia o engenho “Faco Sempre” da senhora Chica Gorda. Por muito tempo, o lugarejo era conhecido como Cuité de Chica Gorda e futuramente receberia o nome da atual Cuité de Mamanguape, homenageando a esse município de quem se emancipou e que tanto orgulho deu à Paraíba colonial.