A VOLTA DA CHUVA
As intensas chuvas caídas durante a quarta-feira e se prolongaram até a madrugada desta quinta-feira de Corpus Christi, não são suficientes para salvar os produtores rurais dos prejuízos advindos da chamada seca verde que assolou a Paraíba. Apenas ameniza um pouquinho o sofrimento do homem do campo, por ter aumentado o volume d’água dos açudes e lagos, que permitirá diminuir e aplacar a sede e o sofrimento dos rebanhos espalhados por algumas glebas deste Estado.
Ainda que a terra esteja molhada e os açudes repletos ou quase, não há contentamento popular depois de tantos prejuízos adquiridos ao longo de todos esses meses maltratados pela seca verde. Campearam a fome e a sede entristecendo os paraibanos e esvaziando as feiras livres das cidades interioranas.
Por onde andamos nesta quinta-feira, a terra indica a volta da chuva, porém, não ocorreu a tempo de mudar a situação de penúria em que se encontra o homem do campo e nem modifica o mercado consumidor que continua comprando feijão, milho e outros alimentos por preços elevadíssimos porque estão sendo importados de outros Estados brasileiros.
Os rios que pegaram água de nada estão valendo porque estão mortos pela mão humana que lhe deu lixo, desaguou esgotos e fossas a vida inteira. Os reservatórios são apenas os construídos pelos proprietários de terras onde plantam e criam animais e não se prestam a irrigação por várias razões.
Que saibam todos os nordestinos e paraibanos, principalmente, que a seca é um fenômeno que não acabará e com ela todos terão que aprender a conviver.