terça-feira, 22 de abril de 2014

COMISSÃO DA VERDADE: MORTE DE JK FOI ACIDENTAL



Relatório apresentado nesta terça-feira pela Comissão Nacional da Verdade conclui que o ex-presidente Juscelino Kubitschek e seu motorista, Geraldo Ribeiro, morreram em decorrência de um acidente de trânsito em 1976, e não vítimas de um atentado, como defendeu o colegiado da Câmara Municipal de São Paulo em dezembro passado


247 – Um relatório sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek apresentado na tarde desta terça-feira 22 pela Comissão Nacional da Verdade conclui que ele e seu motorista, Geraldo Ribeiro, foram mortos vítima de um acidente de trânsito na Rodovia Dutra, no Rio de Janeiro, em 1976.

A longa análise pericial feita pelo colegiado, que analisa o caso desde setembro de 2012, refuta a tese de que JK teria sido assassinado em um atentado provocado por membros do regime militar. A versão oficial do acidente é a de que ele bateu de frente com uma carreta após ter sido fechado por um ônibus.

"O ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira e seu motorista, Geraldo Ribeiro, morreram em decorrência de lesões contundentes, sofridas quando da colisão frontal entre o veículo Chevrolet Opala, em que viajavam, e o Scania Vavis (...) Não há nos documentos, laudos e fotografias trazidos para a presente análise qualquer elemento material que, sequer, sugira que o ex-presidente e Geraldo Ribeiro tenham sido assassinados vítimas de homicídio doloso", diz o documento apresentado hoje.

A polêmica em torno da morte do ex-presidente surgiu ainda na década de 80, quando peritos identificaram um fragmento metálico no crânio do motorista, depois da exumação de seu corpo. Novas pesquisas constataram que o objeto era, em vez de uma bala de revólver, como se pensava, um cravo usado no revestimento do caixão.

Em dezembro do ano passado, a Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo divulgou relatório em que apontava um resultado contrário à da CNV: JK e seu motorista teriam sido vítimas de homicídio doloso. Posteriormente o documento foi considerado falho. Os vereadores chegaram a pedir ao Palácio do Planalto que reconhecesse os assassinatos oficialmente.

Do Portal Brasil 247