Relatório
apresentado nesta terça-feira pela Comissão Nacional da Verdade conclui que o
ex-presidente Juscelino Kubitschek e seu motorista, Geraldo Ribeiro, morreram
em decorrência de um acidente de trânsito em 1976, e não vítimas de um
atentado, como defendeu o colegiado da Câmara Municipal de São Paulo em
dezembro passado
247
– Um relatório
sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek apresentado na tarde desta
terça-feira 22 pela Comissão Nacional da Verdade conclui que ele e seu
motorista, Geraldo Ribeiro, foram mortos vítima de um acidente de trânsito na
Rodovia Dutra, no Rio de Janeiro, em 1976.
A
longa análise pericial feita pelo colegiado, que analisa o caso desde setembro
de 2012, refuta a tese de que JK teria sido assassinado em um atentado
provocado por membros do regime militar. A versão oficial do acidente é a de
que ele bateu de frente com uma carreta após ter sido fechado por um ônibus.
"O
ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira e seu motorista, Geraldo
Ribeiro, morreram em decorrência de lesões contundentes, sofridas quando da
colisão frontal entre o veículo Chevrolet Opala, em que viajavam, e o Scania
Vavis (...) Não há nos documentos, laudos e fotografias trazidos para a
presente análise qualquer elemento material que, sequer, sugira que o
ex-presidente e Geraldo Ribeiro tenham sido assassinados vítimas de homicídio
doloso", diz o documento apresentado hoje.
A
polêmica em torno da morte do ex-presidente surgiu ainda na década de 80,
quando peritos identificaram um fragmento metálico no crânio do motorista,
depois da exumação de seu corpo. Novas pesquisas constataram que o objeto era,
em vez de uma bala de revólver, como se pensava, um cravo usado no revestimento
do caixão.
Em
dezembro do ano passado, a Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo
divulgou relatório em que apontava um resultado contrário à da CNV: JK e seu
motorista teriam sido vítimas de homicídio doloso. Posteriormente o documento
foi considerado falho. Os vereadores chegaram a pedir ao Palácio do Planalto
que reconhecesse os assassinatos oficialmente.
Do Portal
Brasil 247