sábado, 20 de setembro de 2014

CONTENDA DESNECESSÁRIA

Imaginem se a campanha política atual fosse muito quente, ou mesmo de temperatura mediana, como há anos por estas paragens acontecia. O clima no município, faltando apenas 14 dias para a decisão popular nas urnas que estarão espalhadas por vários estabelecimentos oficiais pela cidade e algumas na zona rural, estaria no ápice. 

Certamente muita gente já teria sido insultada, enquanto outra parte já teria ido aos postos de saúde ou hospitais para receber atendimento médico, ou às delegacias policiais para prestar queixas e lavrar BOs contra os seus agressores.

Em verdade numa movimentação política, os ânimos sobem muito e as emoções ficam incontroláveis, principalmente aqui em Guarabira, onde a população respira política o ano inteiro e vinte e quatro horas por dia. Praticamente todos se separam em defesa daqueles a quem devotam a sua simpatia. E com isso, vêm ou nascem os excessos, não se respeitando idade e sexo, não.

Os partidários políticos de um e de outro lado, esquecem que todos vivem sobre o mesmo piso e desprezam a hipótese de que o amanhã é um novo dia e que por isso mesmo, pode vir recheado de surpresas como quem ofendeu vir a precisar do ofendido e vice versa. E nesse reencontro, é preciso muita humildade para extinção total das diferenças construídas.

É da democracia, o direito do cidadão escolher o seu candidato e declarar a sua preferência quando assim quiser fazê-lo. E o comportamento humano tem que se adequar aos métodos políticos ditados pela democracia. No caso do Brasil, todos, mas todos mesmo, podem declarar a sua opção de voto e acompanhar o seu candidato, sim senhor. Mas, é preciso prudência e muita educação para isso.

Por aqui em outros tempos quem não andou com quem? Alguém se arrisca a afirmar que os políticos atuais não foram adversários ferrenhos no passado, motivados por alguma razão?

Histórica e politicamente, um grande homem guarabirense como o médico Pimentel Filho já foi filiado ao PSD, enquanto o comunista e brilhante advogado Osmar de Aquino disputou cargos pela UDN, partido ligado à direita nacional. São coisas da política, ou melhor do momento político que se viva.

Hoje, em plena praça João Pessoa, no centro de Guarabira, quase se concretiza ação de pancadaria e violência contra um empresário que discutia na oportunidade os resultados de uma pesquisa eleitoral. O cidadão que não gostou dos comentários, de posse de um porrete de jucá, madeira preferida por vigilantes noturnos, partiu para realizar a agressão, entretanto nada de mais aconteceu e o caso foi registrado na delegacia de polícia civil, sob Boletim de Ocorrência.


Vale a pena defender alguém, sob risco de tal gesto violento? E os políticos defenderão seu eleitorado com essa mesma impetuosidade e vontade?