Por Samuel Celestino
Nunca, em tempo algum, a
República apresentou uma eleição como a que o Brasil realizou neste domingo. A
presidente Dilma Rousseff dobra seu mandato e venceu basicamente no Nordeste,
enquanto Aécio Neves deve a sua derrota à sua votação em Minas Gerais, onde
Dilma ganhou no primeiro e segundo turnos. O tucano foi bem no Sudeste e no
Centro-Oeste, mas caiu, como se esperava, no Norte e Nordeste. Aqui na Bahia,
Dilma disparou, dobrando a votação que Aécio recebeu. Foi, por ser o quarto
colégio do País, o seu principal reduto e determinou a diferença entre os dois
adversários. De certo modo as pesquisas eleitorais divulgada no sábado
acertaram e erraram ao mesmo tempo. Principalmente o Datafolha que acertou por
se segurar na margem de erro. Aécio esperava ganhar em Minas. Para lá, no
início da noite, se deslocaram para se juntar ao tucano personalidades de peso
do seu partido, principalmente Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e
José Serra. São Paulo foi quem ofereceu ao tucano a maior votação que obteve, o
que era esperado até por ser o principal colégio eleitoral do País. Esta
votação que reelegeu Dilma Rousseff basicamente divide o Brasil em duas grande
regiões, o Sul-Sudeste e o Norte-Nordeste. Só no Nordeste ela saiu com cerca de
11 milhões de votos, que se somam alguma coisa em torno de um milhão de votos
vindos da região Norte. A diferença entre a vitoriosa e o derrotado ficou em
torno de três milhões de votos, isso contando números inteiros. O lucro do PT
fica claro com a vitória, mas o PSDB não sai derrotado inteiramente porque o
partido se uniu, o que não se observava antes da campanha. Enfim, os
brasileiros assistiram a uma aula de democracia que passa a ser o principal
ganho do País, excluindo, naturalmente, o vitorioso PT, que ficará no comando
da República, se não dobrar em 2018, por 16 anos.
Fonte: Bahia Notícias