sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CONSELHEIRA DE PALAVRAS SÁBIAS

Esta semana, escutei a conversa de duas jovens num consultório, e tanso outros pacientes também, enquanto aguardava a minha hora de atendimento. Fiquei surpreso com a maturidade da assessora do médico, diante das observações que fez a uma amiga que também aguardava atendimento.

Entre uma frase e outra, a jovem cliente deu a entender que estava farta de estudos e que até aquele momento nunca conseguira nada por causa do ensino escolar e que queria mais era gozar a vida e ficar passeando para ali e acolá, desfrutando do vigor da sua juventude. O namoro pareceu ser o seu objetivo maior a partir de então, até o momento em que surgisse um casamento. E por ai continuou a jovem se explicando.

A outra replicou sem pestanejar que se arrependia de não ter procurado enquanto podia, se preparar para um concurso público, estudando com afinco, uma vez que nos dias atuais as coisas andam muito difíceis e emprego não se consegue mais através de padrinho ou pistolão. Prestei muita atenção à observação da jovem assistente, porque era uma queixa muito sensata, que na ocasião chamava a atenção de todos, alertar-lhes que não se consegue ir a lugar algum nos tempos de hoje, não se conseguirá sucesso jamais, se não se despender esforços físicos e intelectuais para chegar a emprego de forma honrada e decente.

Enquanto isso, a jovem mãe assistente fez questão de destacar, que tem visto muitos funcionários públicos de qualquer nível, gozando de aposentadoria e tantas outras vantagens a que fizeram jus enquanto trabalharam diuturnamente até o merecido descanso, conforme determinação da lei trabalhista.

Lembrei-me de que tenho visto muitos funcionários públicos abandonando o emprego e outros não levam a sério o trabalho em empresas conceituadas, jogando fora oportunidade inquestionavelmente feliz, enquanto ali uma pessoa em sã consciência, dava uma verdadeira aula de responsabilidade e sabedoria, para quem lhe quisesse ouvir e fazer bom proveito do conselho.


Mas como diz um velho adágio “se conselho fosse bom, não se dava, se vendia”. E por isso tantos têm sofrido e se arrependido um tanto tarde demais.